10 melhores diálogos entre Lula e Moro

O ex-presidente Lula foi ouvido na ação que julga a denúncia de que teria um apartamento tríplex no Guarujá, sem que estivesse em seu nome. O encontro dele com o juiz federal Sérgio Moro ganhou ares de disputa eleitoral, como um debate político. O resultado de quase duas horas de depoimento foi gravado em vídeo e disponibilizado na internet. Acompanhe aqui a transcrição de 10 momentos do diálogo dos dois:

1.

MORO: Senhor ex-presidente, preciso lhe advertir que talvez sejam feitas perguntas difíceis para você.

LULA: Não existe pergunta difícil pra quem fala a verdade.

2.

MORO: Esse documento em que a perícia da PF constatou ter sido feita uma rasura, o senhor sabe quem o rasurou?

LULA: A Polícia Federal não descobriu quem foi? Não? Então, quando descobrir, o senhor me fala, eu também quero saber.

3.

MORO: O senhor não sabia dos desvios da Petrobras?

LULA: Ninguém sabia dos desvios da Petrobras. Nem eu, nem a imprensa, nem o senhor, nem o Ministério Público e nem a PF. Só ficamos sabendo quando grampearam o Youssef.

MORO: Mas eu não tinha que saber. Não tenho nada com isso.

LULA: Tem sim. Foi o senhor quem soltou o Youssef. O senhor deve saber mais que eu [referindo-se ao escândalo do Banestado].

3.

MORO: Saíram denúncias na Folha de S. Paulo e no jornal O Globo de que…

LULA: Doutor, não me julgue por notícias, mas por provas.

4.

LULA: Esse julgamento é feito pela e para a imprensa.

MORO: O julgamento será feito sobre as provas. A questão da imprensa está relacionada a liberdade de imprensa e não tem ligação com o julgamento.

LULA: Talvez o senhor tenha entrado nessa sem perceber, mas seu julgamento está sim ligado a imprensa e os vazamentos. Entrou nessa quando grampeou a conversa da presidente e vazou, conversas na minha casa e vazou, quando mandou um batalhão me buscar em casa, sem me convidar antes, e a imprensa sabia. Tem coisas nesse processo que a imprensa fica sabendo primeiro que os meus advogados. Como pode isso? E, prepare-se, porque estes que me atacam, se perceberem que não há mesmo provas contra mim e que eu não serei preso, irão atacar o senhor com muito mais força.

5.

MORO: Senhor ex-presidente, você não sabia que Renato Duque roubava a Petrobras?

LULA: Doutor, o filho quando tira nota vermelha, ele não chega em casa e fala: “Pai, tirei nota vermelha”.

MORO: Os meus filhos falam.

LULA: Doutor Moro, o Renato Duque não é seu filho.

6.

LULA: Doutor Moro, o senhor já deve ter ido com sua esposa numa loja de sapatos e ela fez o vendedor baixar 30 ou 40 caixas de sapatos, experimentou vários e no final, vocês foram embora e não compraram nenhum. Sua esposa é dona de algum sapato, só porque olhou e provou os sapatos? Cadê uma única prova de que eu sou dono de algum tríplex? Apresente provas doutor Moro?

7.

MORO: O senhor solicitou à OAS que fosse instalado um elevador no tríplex?

LULA: O senhor está vendo essa escada caracol nessa foto? Essa escada tem dezesseis degraus e é do apartamento em que eu moro há 18 anos em São Bernardo. Dezoito anos a Dona Marisa, que tinha problema nas cartilagens do joelho passou subindo e descendo essa escada. O senhor acha que eu iria pedir um elevador no apartamento que eu não comprei, ao invés de pedir um elevador no apartamento em que eu moro, para que a Dona Marisa não precisasse mais subir essa escada?

8.

LULA: O vazamento das conversas da minha mulher e dela com meus filhos foi o senhor quem autorizou.

9.

LULA: O Dallagnol não tá aqui. Eu queria o Dallagnol aqui pra me explicar aquele PowerPoint.

10.

MORO: Tem um documento aqui que fala do tríplex…

LULA: Tá assinado por quem?

MORO: Hmm… A assinatura tá em branco…

LULA: Então, o senhor pode guardar por gentileza!

E cola?

O prefeito Roberto Naves foi até o Marconi Perillo fazer uma proposta: transformar a área onde deveria funcionar a Plataforma Multimodal em uma expansão do Daia. A tal plataforma não andou muito nos últimos 15 anos, quando foi prometida.

Expectativa

Mais cedo, no mesmo dia, Naves reuniu-se com a diretoria da Saneago e revelou surpresa: segundo ele, o cronograma de investimentos está cumprido à risca na cidade. “A expectativa, em continuando assim, é que não falte água na cidade este ano”, avaliou.

Quem procura, acha

O presidente do Tribunal de Contas do Estado, Kennedy Alencar, promete que vai fiscalizar o programa de investimentos “Goiás na Frente”. Alencar determinou uma equipe de trabalho para fiscalizar o programa e verificar sua “legalidade, economicidade e efetividade”. O “Goiás na Frente” é visto como o principal mote da campanha de José Eliton ao Governo, ano que vem.

Fora, mas dentro

Renato Castro (PMDB), prefeito de Goianésia, e seu vice, Carlos Gomes, do DEM, foram cassados pela Justiça Eleitoral daquela cidade. A decisão foi motivada por uma denúncia de abuso de poder econômico na campanha. Ambos seguem nos cargos até uma nova decisão em segunda instância.

Por outro lado

Já em Iporá, o prefeito Naçoitan Leite (PSDB) teve sua cassação reformada pelo Tribunal de Justiça, que compreendeu que não houve “uso da máquina pública” nas eleições do ano passado.

Fogo Amigo

“Marconi que se cuide porque vai cair na mão do Moro”, disse Mauro Severiano, vereador do PSDB. Esta é a segunda vez que Severiano promove o fogo amigo a tucanos. A vítima anterior foi o o vice-presidente José Eliton, que reagiu imediatamente às falas do vereador.

E é?

O vereador Lisieux Borges (PT) usou a tribuna para pedir a terceirização da iluminação pública. Ele compara a proposta com outros setores que foram terceirizados como a varrição e os programas de tapa-buraco. Ao final, Borges não se aguentou e elogiou a própria fala: “Trata-se de uma grande ideia, de uma excelente ideia”.

PT Gourmet

Não que Lisieux seja um agente partidário com muita identidade às ideias fundamentais da sua legenda, o PT, mas causou estranheza na imprensa que acompanha as sessões a proposta feita. “Ele mudou de partido”, indagou uma repórter ao colega. Ele não soube responder.

 

Macheza Política

Lélio Alvarenga (PMN) revela ter pedido ao prefeito Roberto Naves a construção de um novo Hospital Municipal. Segundo o vereador, o prefeito teria desafiado a ideia: “Quero ver quem é homem pra bancar isso e fazer esse hospital”. “Homem tem, e muito, o que falta é boa vontade”, rebateu o parlamentar no plenário da Câmara.

 

De volta

O ex-vereador Sírio Miguel, candidato derrotado nas eleições passadas, faz parte agora da gestão Roberto Naves. O peemedebista foi nomeado assessor técnico da CMTT e vai atuar no trânsito da cidade. Ele integrou o governo João Gomes, na área de Turismo.

Moderninho

Alertando para os colegas vereadores a fim de que enviem mensagens para seus representantes no congresso nacional para que votem contra a Reforma da Previdência, Lélio Alvarenga usou uma linguagem jovial e agradou os presentes. “Mandem e-mails, mandem mensagens e usem o ‘Zapzap’ para pedir que não votem a favor disto”, disse.

Deixa falar

Mauro Severiano discursava na última segunda-feira (09) dizendo que não era dado a rolos, que sempre foi honesto e nunca “fez rolo”. “Pode perguntar a todos os prefeitos com quem trabalhei. Aqui tem um deles, pode perguntar a ele”, disse, se referindo a Antônio Gomide. Gomide, na hora, pediu um aparte para comentar a indagação de Severiano. O tucano não deu e mudou o rumo da prosa.

Registro

Anápolis conta desde a semana passada com dois deputados estaduais. O tucano Carlos Antônio ganhou a companhia de José de Lima, do PV. Lima chegou à cadeira após Dr. Antônio (PR) ser chamado para a equipe de Marconi Perillo.

Avaliação

O deputado Alexandre Baldy tem analisado a gestão municipal com certo “ceticismo”. É o que alegam interlocutores do parlamentar. “Ele tem dito que, até agora, vai mal”, afirma. Apesar de ter indicado um nome para o primeiro escalão, a participação de Baldy na gestão é mínima.

Padrinho

Aliás, o que se comenta nos bastidores políticos municipais é que a prefeitura está “fechada e lacrada” do ponto de vista político com o deputado Jovair Arantes, padrinho político do prefeito Roberto Naves. “Quem quiser entrar, tem de achar uma fresta porque na avenida principal só passa o Jovair”, compara um decano da crônica política da cidade.

Não resistiu

Eike Batista, preso em regime domiciliar, não aguentou o tédio de sua mansão e resolveu sair por conta própria. O empresário foi flagrado no restaurante “A Marisqueira”, em Copacabana, no horário do almoço da última terça-feira. Em sua sentença, a violação dos limites domiciliares acarreta o retorno ao regime fechado.

Ficou ‘Xato’

Animado com a chance de falar a um grande público a seu favor, o prefeito Roberto Naves se comportou como torcedor fanático da Anapolina, durante inauguração do CT no último dia 7. Naves pontuou sua fala com reiterados gritos ao microfone de “Rubra!”. Até os torcedores ficaram se entreolhando.

Onipresente

O empresário Március Salum João, figura que agora está sempre presente na gestão Roberto Naves, também foi exaltado pelo vereador Leandro Ribeiro, durante o evento da Rubra. O mesmo fez o juiz de Direito Marcus da Costa Ferreira ao deslindar elogios ao empreiteiro.

Dia-a-dia na Câmara

Lélio Alvarenga (PSC) afirma que é da base de sustentação do governo municipal nas ações em que beneficiam o povo. “O prefeito pode ficar tranquilo: naquilo que for em favor da cidade, estaremos juntos”, disse o parlamentar.

Jean Carlos (PTB) garante estar imbuído do compromisso de defender os interesses dos comerciantes permissionários do terminal urbano, mas “sem irresponsabilidades e com base no que diz a lei”. A fala foi na segunda-feira (08), quando os comerciantes lotaram a sessão plenária em defesa de alguns interesses do segmento. Para o vereador, é preciso aguarda a decisão da CMTT sobre o assunto.

Vilma Rodrigues (PSC) destacou a morosidade do poder público em resolver a situação do Parque Onofre Quinan, conhecido como Central Park. “Meus filhos brincaram naquele espaço, é preciso resolver este espaço histórico da cidade. É nosso dever fazer isto”, disse.

Vilma reclamou dos novos pontos de ônibus a serem instalados que, segundo ela, têm padrões diferentes para as regiões centrais e para os demais bairros.

Teles Júnior (PMN) afirma que a empresa Urban, responsável pelo transporte coletivo na cidade, “transforma pais de família em escravos sociais”. Junior ainda exaltou o “papel social” que a TCA, empresa anterior – que perdeu a concessão – cumpria na cidade.

Domingos Paula (PV) defende que o terminal urbano seja repassado para a CMTT e que a autarquia cobre dos concessionários comerciais um valor de alguém que seja justo.

Domingos Paula ainda se saiu com uma pérola sobre o transporte coletivo: “Nós regredimos ao passado”. O vereador é o presidente da Comissão de Transporte da Câmara Municipal.

Teles Jr. (PMN) parabenizou o Sebrae pela realização de palestras na cidade com a participação dos apresentadores do programa “Planeta Extremo”, da Rede Globo. “Uma boa iniciativa em tempos de crise”, avaliou.

Mauro Severiano (PSDB) afirma que “Japão” – que é o vereador Deusmar Chaveiro – é um anão da política. “Está ainda em primeiro mandato”, disse.

Jakson Charles, líder do prefeito na Câmara, classificou a empresa Urban de “exploradores” da cidade. “Comer um pão não é o mesmo preço de comer dois”, comparou. Para Charles, a empresa tem usado uma só plataforma, quando o previsto e o qual está sendo pago são por duas.

“A secretária de Saúde Luzia Cordeiro foi precipitada em anunciar este programa para diminuir a lista de cirurgia eletiva. Ela se empolgou”, disse o vereador Luiz Lacerda (PT). Para ele, a assessora deveria ter buscado os parceiros e definir uma agenda para depois anunciar. “Por isso não estamos vendo o resultado ainda”, disse.

Jakson Charles, líder do prefeito na Câmara, justifica que a demora para a realização das cirurgias eletivas é pela dificuldade de encontrar anestesistas que atendam às orientações técnicas exigidas.

Lélio Alvarenga parabenizou o clube do Goiás pela conquista do Campeonato Goiano 2017, assim como todos os campeões estaduais do Brasil. Lélio espera que os times de Anápolis copiem o exemplo do Novo Hamburgo, campeão gaúcho, que é do interior e quebrou a hegemonia dos grandes da capital.

Jakson Charles afirma que seu embate com a empresa Urban não tem ligação com interesses financeiros. “Abro mão de qualquer ajuda de empresas de Anápolis para campanha. Ainda mais desta aí”, prometeu.

 

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