Mais um Dia da Mulher chega e com ele mensagens de homenagem a todas as mulheres. Todos os anos a cena se repete. Há mesmo o que comemorar? Levando em consideração os principais cargos públicos, as mulheres ainda ocupam um espaço pequeno na chefia dos principais espaços de poder.
A Prefeitura de Anápolis é ocupada por um homem. Está à frente do Executivo o prefeito Roberto Nave e na história do município não se tem notícia de que uma mulher, mesmo que provisoriamente tenha ocupado este cargo.
A Câmara Municipal, mesmo com a eleição de quatro mulheres vereadoras – na Legislatura anterior foram três – elas ainda não alcançaram o posto principal da Casa: a Presidência. Elinner Rosa (PMDB), Geli Sanches (PT), Thaís Souza (PSL) e Vilma Rodrigues (PSC) foram eleitas.
Levando-se em consideração as 18 secretarias e diretorias divulgadas no site da Prefeitura – o número pode variar devido às trocas feitas pelo Executivo, apenas duas mulheres estão na chefia: Luzia Cordeiro coordena é a Secretaria da Saúde e Tânia Aparecida assumiu nesta semana a Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho, Emprego e Renda.
Nas autoridades policiais a realidade é a mesma. No 3º Comando Regional da Polícia Militar (3º CRPM), quem coordena os trabalhos é o o coronel João Batista de Freitas Lemes. Antes dele, Giovani Valente comandava o 3º CRPM. Nunca uma mulher ocupou o cargo.
Na Polícia Civil, o quadro parece ter começado a mudar: Aline Vilela assumiu o cargo de delegada regional da 3ª Delegacia Regional de Polícia de Anápolis, no lugar de Fábio Vilela. Na história da corporação, é a primeira vez que uma mulher chefia a 3ª DRP.
Nesta semana, durante troca de comando do 4º Batalhão de Polícia Militar, major PM Allan Pereira Cardoso tomou posse. E a Companhia de Policiamento Especializado passou a ser comandada pelo Major PM Alexandre Saliba Sales.
Na Associação Comercial e Industrial de Anápolis, mais um homem no comando. Anastacios Apóstolos Dagios é o presidente da associação. E na Câmara de Dirigentes Lojistas o presidente é Wilmar Jardim de Carvalho.
A presença feminina, apesar de crescente em diversas esferas, ainda é mínima nos principais cargos públicos. No Exército o cenário é o mesmo. Especialistas afirmam ainda que, quando a mulher alcança o posto de chefia em Anápolis, é cerceada por homens que não a deixam trabalhar com liberdade.
Quando o assunto são os concursos públicos, a situação muda. De acordo com os especialistas, as mulheres estão ocupando até 60% dos principais cargos efetivos na esfera pública.
