Abandonados, parques se tornam área inóspita para a visitação

Secretaria de Meio Ambiente admite não ter equipes e suporte suficientes para resolver problemas pontuais dos espaços novos e mais antigos na cidade; Licitação para a contratação do serviço, prometida para agosto, é meta da Secretaria, mas ainda não saiu do papel

Paulo Roberto Belém

Nos últimos anos, Anápolis teve um salto considerável quando se trata da implantação de grandes espaços ambientais. Sem contar os já consolidados, a cidade ganhou os parques ambientais, Ipiranga, da Liberdade e da Cidade. Como qualquer obra que sofre as ações do tempo, estes precisam de constantes manutenções. Afinal, a grama cresce, lâmpadas queimam, equipamentos quebram, enfim, problemas surgem com a grande movimentação de pessoas nestes espaços. Isso sem contar as praças públicas nos bairros, que também precisam dessa atenção.

E é justamente isso o que o secretário municipal de Meio Ambiente, Daniel Fortes, considera como a principal prioridade na gestão da secretaria. Embora a pasta possua uma equipe responsável pela manutenção de parques e praças, ele reconhece não ser suficiente. “Poda de grama, conseguimos fazer, mas fico travado com esses problemas mais pontuais, a exemplo dos equipamentos que quebram”, citou.

Problemas

Para resolver a situação, Fortes diz estar empenhado pela licitação que vai contratar uma empresa especializada para gerir a manutenção de qualquer problema relacionado à manutenção e preservação de parques e praças do município. “O projeto já está pronto nas mãos do Igor (secretário de Planejamento) que deve encaminhá-lo para a Procuradoria que o tornará viável a ser licitado”, garante, sem mencionar prazos para que isto ocorra.

O secretário disse que, a partir da contração da empresa responsável, a Prefeitura terá, inicialmente, R$ 6,5 milhões para solucionar os problemas estruturais e de manutenção destes espaços. Atualmente, o caso mais grave ocorre no mais frequentado parque de Anápolis – o Ipiranga. Lá, faz algum tempo que equipamentos de ginástica, brinquedos e pavimentos apresentam danos que não estão sendo reparados. O caso mais grave é o das pontes que integram a estrutura do parque: uma foi retirada e outra está quebrada, o que incomoda os frequentadores.

No Ipiranga, brinquedos comprometidos e interditados

Programação

Por conta de sua localização e demanda de visitação, Fortes assegura que verbas específicas destinadas ao Ipiranga conseguem dar um suporte emergencial, mas que o que vai resolver, é realmente o contrato a ser firmado. “A dotação prevê, inicialmente, estes R$ 6,5 milhões, mas é impossível a gente ficar sem este serviço”, reafirmou.

Gangorra sem utilidade no Parque da Liberdade

O secretário complementou que a partir do início do contrato, após o Ipiranga, receberão atenção, cronologicamente, os parques Onofre Quinan (Central Parque), JK, da Liberdade, da Matinha, da Cidade e as praças, simultaneamente.

Em Maio

Entrevistado pela Voz de Anápolis em maio deste ano, o secretário Daniel Fortes já admitia os problemas recorrentes com os parques. Passados três meses, estes desafios foram ainda agravados por conta da ausência de manutenção e pela ação de vândalos. As pessoas simplesmente decidiram não mais frequentar áreas como o Parque da Cidade e o Parque da Liberdade.

À época, em meio, Fortes havia afirmado que a solução permanente viria após a conclusão de uma licitação na qual seria escolhida uma empresa responsável por toda a manutenção de todos os parques. “Quero fazer uma manutenção geral para todos os parques, envolvendo brinquedos, poda, iluminação e até as pontes. Até o início de junho teremos o edital publicado, mas – até lá – vamos seguir resolvendo como dá”, foi o que garantiu o secretário naquele mês. Até o momento, nada foi feito.

Parque da Jaiara ainda segue sem previsão de conclusão

Se por um lado a manutenção dos espaços já consolidados é problema para a Secretaria de Meio Ambiente, um espaço que sequer foi inaugurado, o Parque da Jaiara, é problema para a Secretaria de Obras. De acordo com o secretário, Vinicius Sousa, o serviço de infraestrutura na região da Vila Jaiara próxima ao espaço, que prevê, principalmente, a instalação de galerias pluviais na Avenida Fernando Costa, já foi licitado e homologado. “Falta, agora, a assinatura do contrato com a empresa vencedora para lançarmos estas obras”, explicou.

O parque, que está em fase final de conclusão, agora precisará de reformas por conta da falta de manutenção para sua entrega

De acordo com Sousa, estas obras são as que emperram a inauguração do Parque da Jaiara porque quando em época de chuvas, por falta de estrutura de galerias que comportem a vazão das águas pluviais que vêm da Fernando Costa, o espaço do parque não inaugurado é invadido e danificado. “Assim que finalizarmos estas obras, a empresa termina o serviço e a gente entrega este parque”, assegurou. Após isto, o Parque da Jaiara, finalmente, ficará sob a responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente.

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