O advogado de Michel Temer, Antonio Claudio Mariz de Oliveira, entregou na tarde desta quarta-feira (5), a defesa do presidente da República, na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados.
Michel Temer é acusado do crime de corrupção passiva. Conforme é determinado pela Constituição Brasileira, o caso deverá ser apreciado no plenário da Casa, após parecer que será elaborado pelo deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) e lido provavelmente na próxima segunda-feira (10).
Serão ao todo cinco sessões para que a CCJ vote seu parecer, após o relatório de Zveiter. Apesar da data definida para a entrega do documento pelo relator, pode ser que a votação no plenário ocorra apenas depois do recesso parlamentar, que começa no dia 18 de julho.
O advogado de Temer indicou nesta quarta-feira ser contra a suspensão do recesso para a apreciação do caso. Conforme aliados e pessoas próximas ao presidente, a ideia é que, com a folga dos deputados, Michel Temer ganhe tempo para elaborar melhor sua defesa.
A partir da leitura do relatório e voto do relator, será vez da defesa de Temer tomar a palavra, durante o mesmo tempo utilizado pelo deputado Sergio Zveiter. Após esta etapa, iniciam-se as discussões, quando cada um dos 66 membros titulares da CCJ e os 66 suplentes poderão falar por até 15 minutos.
Haverá espaço também para que 40 deputados que não fazem parte da comissão deem sua opinião. Após as discussões, o relator e a defesa do presidente tomam a palavra novamente, por 20 minutos cada. A partir deste momento, é iniciada a votação nominal.
Ainda não se sabe se o autor da denúncia, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot e testemunhas poderão falar. O presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco, informou ainda que não haverá votação durante a madrugada. Temer precisa de 34 votos na CCJ para a comissão recomende o arquivamento da denúncia.
