Anápolis pega o Goiás para fugir do rebaixamento

Neste domingo, 19, às 16 horas, o Anápolis vai enfrentar o Goiás pelo Campeonato Goiano, em jogo que marca a quinta rodada do 2º turno. A partida será fora de casa, no Hailé Pinheiro. E quem tem acompanhado o Anápolis, na lanterna do Grupo B com 8 pontos, sabe que não será nada fácil bater o verdão, que ocupa a 1ª colocação do Grupo A.

Com problemas no setor ofensivo e a dificuldade de marcar gols, o Anápolis, que junto com o Iporá é o time que menos marcou gols (5), terá pela frente a equipe esmeraldina, com dois jogadores que figuram entre os principais artilheiros – Léo Gamalho (7 gols – 1º colocado) e Tiago Luis (3).

Recorde

O Galo figura também entre as equipes que mais perderam, com três derrotas, juntamente com CRAC de Catalão, Itumbiara, Iporá, Atlético e Rio Verde. Já o Goiás é o que mais venceu, com cinco vitórias no campeonato, junto com Aparecidense e Vila Nova.

Recentemente, a Federação Goiana de Futebol anunciou em seu site as estatísticas do Goianão 2016, até a 4ª rodada do campeonato, que foi quando o Anápolis perdeu para o CRAC de Catalão por 3×0.

E comparando os números das duas equipes, o cenário não está nada favorável para o Galo, apesar de a torcida e dirigentes do clube afirmarem que “ainda há esperança” e que o momento é de “acreditar” que é possível reverter o quadro.

Comparação

O time esmeraldino, com 16 gols marcados, tem cinco vitórias no campeonato e o clube de Anápolis, que balançou as redes apenas cinco vezes nas nove rodadas que disputou e está entre os times que menos marcaram, venceu somente uma partida.

O Anápolis tem cinco empates, contra dois do Goiás.

Enquanto que o Goiás, juntamente com o Vila Nova, esteve na zona de classificação à semifinal por todas as nove rodadas, ou seja, durante a campeonato inteiro, o Anápolis passou sete rodadas das nove disputadas na zona de rebaixamento.

Para complementar as estatísticas de um campeonato que deverá ser esquecido pela torcida, o time do Anápolis é o que mais trocou de técnico durante o Goiano – Charles Fabian saiu após a 2ª Rodada do 1º Turno e em seu lugar entrou Caio Autuori, que foi substituído por Alexandre Grasseli (interino). O time agora tem Waldemar Lemos à frente do elenco, o único até agora a garantir uma vitória, contra o Iporá.

Mudanças

O gerente de futebol Francisco Albuquerque, do Anápolis, havia anunciado na semana passada que o Galo poderia sofrer uma “troca de peças” no elenco para que o time entrasse nos eixos. Nesta quinta-feira, a contratação do lateral esquerdo Izaldo, ex-Náutico, foi anunciada.

O meia Robston, de 35 anos, alegando estar com fortes dores no joelho, procurou a diretoria do Clube e pediu sua rescisão. Ele afirmou que não está rendendo o suficiente e cogita até se aposentar do futebol.

“Com o decorrer do tempo, meu joelho ficou muito desgastado, não estou conseguindo fazer o melhor. Até no domingo (contra o CRAC), fui xingado pela torcida. Achei melhor dar uma pausa. O joelho está muito inchado. Vou a um especialista. Se for melhor, vou encerar a carreira”, afirmou em entrevista.

O Anápolis é um dos times que mais utilizaram jogadores neste campeonato, com 28 atletas. E nem após uma série de rescisões recentes, com as saídas do meio-campista Elias, os atacantes Luan e Ygor Vinicius e Vinicius, promovidas após a chegada de Waldemar Lemos, o time entrou nos eixos.

Torcida

Torcedores do Anápolis, apesar de todo o apoio ao time, já estão há um tempo impacientes com os rendimentos do Anápolis na temporada. Na fanpage Anápolis Futebol Clube, uma postagem do dia 2 de março lança o questionamento: “Com as recentes demissões no elenco tricolor, fica apenas uma pergunta: será que estão tentando mudar algo para tentar reagir e escapar de mais um rebaixamento?”.

Correto ou não, a verdade é que a profecia está se cumprindo no Galo e o time, que já não demonstra o mesmo ritmo de 2016, quando foi vice-campeão goiano, tem que torcer pelo menos para não voltar à divisão de acesso, já que o título com certeza passará longe das mãos do clube.

Ainda na postagem do dia 5 de março, a torcida demonstrava um misto de tristeza e esperança: “Como torcedor, é triste ver o galo novamente nessa situação, um clube que sempre tem dinheiro, tem estrutura e falta competência. O coração do torcedor fica na torcida para que aconteça uma reviravolta, e nesses dois próximos jogos contra o Iporá e CRAC (jogos esses que serão decisivos para apontar nosso futuro no campeonato), que os jogadores honrem nossa camisa e busquem a vitória”.

 

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