Apesar de inaugurada, ampliação do Huana ainda não entrou em funcionamento

Conforme antecipado por A Voz de Anápolis, a ampliação do Hospital de Urgências de Anápolis, inaugurada nesta segunda-feira (2) pelo governador Marconi Perillo, ainda não está em condições de entrar em funcionamento. Não existe mão de obra contratada para a nova área e alguns equipamentos importados aguardam envio pelas empresas fornecedoras.

A informação foi confirmada com exclusividade pela presidente da Fundação de Assistência Social de Anápolis – Fasa, Irmã Rita Cecília Coelho. Ela informou que o prazo para que a estrutura da área ampliada comece a atender parcialmente à população é de aproximadamente 45 dias, indicando que o prazo para funcionamento completo do local será ainda maior.

“Tudo foi licitado. Tudo foi feito compras. Existem empresas que são importadoras que devem estar aportando aqui dentro de 15 dias, no máximo 30 dias, alguns equipamentos”, informou. Irmã Rita ainda anunciou que a burocracia no envio de equipamentos contribui para o atraso. “Não entregaram por questão de importação, mas não pela questão do Estado ou da própria administração do Hospital”, defende.

Apesar da “ampliação significativa” da unidade, ainda é preciso contratar em torno de 300 funcionários para atender à comunidade de Anápolis e região. Eles se juntarão aos mais de 700 colaboradores do Hospital de Urgências de Anápolis. “Eu deixei claro no meu discurso (na inauguração) que o funcionamento terá que ser gradativo. Por quê? Você não pode selecionar pessoal se você não tem a estrutura física pronta”, mencionou.

“Ainda nós não pusemos em funcionamento, nós estamos selecionando o pessoal”, disse ainda. Praticamente todos os setores da área ampliada ainda precisam estruturados para receber a nova equipe e os pacientes. Auditório, enfermaria, refeitório, UTI, quartos ainda deverão sofrer alterações. Alguns respiradores ainda não chegaram à unidade.

Um aditivo foi prometido por Marconi Perillo, no valor de R$ 3 milhões, que deverão ser usados para concluir a estrutura e manter os profissionais que serão contratados. Quando os novos quartos estiverem prontos, a expectativa é que 161 leitos sejam disponibilizados no Huana. Uma área de educação continuada será estabelecida no local.

“Está dentro do planejado, está dentro da normalidade. Ninguém nesse país compra uma casa e imediatamente, com 24 horas, está com ela montada”, insiste Irmã Rita.

Atualmente, o Huana atente a aproximadamente 1500 pessoas por dia, de regiões como os Pirineus e Vale do São Patrício. Irmã Rita estima que, quando começar a funcionar a área ampliada, o Hospital deverá elevar esse número para aproximadamente 3000 pessoas por dia.

No ano passado, a unidade atendeu a 59 municípios goianos e cinco estados brasileiros além de Goiás. A Santa Casa, também mantida pela Fasa, atendeu 147 municípios. Em 12 anos de existência, mais de meio milhão de pessoas passaram por atendimento no Huana. E a Santa Casa, somente no ano passado, atendeu a quase 500 mil pessoas.

Tomógrafo

Um tomógrafo foi adquirido para o Hospital de Urgências de Anápolis, por meio de emenda parlamentar do ministro das Cidades, Alexandre Baldy, empenhada e paga quando ele ainda era deputado federal, no ano de 2016. A máquina já realiza 60 tomografias por dia. Questionada se este aparelho foi adquirido para a área ampliada, ela respondeu: “foi adquirido para o Huana”. O tomógrafo foi comprado com verba do Ministério da Saúde.

Unidade

Irmã Rita ainda falou sobre seu desejo de ver colocada em funcionamento a Unidade de Saúde Nossa Senhora do Carmo, que deverá oferecer em Anápolis 45 leitos nas áreas de Oncologia, Pediatria e Traumato-Ortopedia. O local será mantido pela Fasa. Em junho de 2014, a unidade foi inaugurada, aproximadamente quatro meses antes das eleições estaduais daquele ano, mas nunca funcionou.

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