Após desocupação de distribuidoras, abastecimento será regularizado somente em 24 horas

Para quem se animou com a notícia da desocupação de distribuidoras de combustível em Senador Canedo e Goiânia, as notícias não são nada animadoras. Isso porque os mais de 200 caminhões que estavam estacionados nesses locais terão que percorrer as estradas para chegar às cidades onde o problema de desabastecimento está mais crítico.

Somente após esta etapa, os combustíveis serão  levados para os postos de  gasolina. Após um acordo com o Sindipostos, os motoristas concordaram em encher as bombas a partir da meia-noite desta quarta-feira (15). Todo o processo, até que postos da capital e interior sejam abastecidos, levará em torno de 24 horas.

De acordo com informações do Sindipostos – GO, 70 postos de combustível em Goiânia e 60 do interior apresentam falta do produto. Em 15 cidades, as bombas estão totalmente zeradas em todos os postos destes municípios. A desocupação das distribuidoras se deu após liminar da justiça, que prevê multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.

Ao todo, sete distribuidoras foram ocupadas por motoristas de carros particulares, vans escolares e outros trabalhadores. A motivação foi a alta nos preços da gasolina, do álcool e do diesel, além do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é de 30% para a gasolina e de 25% para o etanol.

A liminar, expedida pelo juiz Péricles DI Montezuma, da 7ª Vara Cível de Goiânia, tratou da desocupação das duas distribuidoras de Senador Canedo e de uma no Novo Mundo. Cerca de 20 caminhões que estava dentro dessas unidades já começaram a ser liberados nesta manhã.

De acordo com um dos motoristas que ocuparam as distribuidoras, Fabrício Feitosa, os manifestantes repeitaram a liminar, mas já entraram com recurso para derrubar a decisão. “Caso isso não ocorra, temos um plano B”, disse sem revelar qual seria o novo passo do movimento.

Com o desabastecimento, em Goiânia chegou a 60 o número de postos sem combustíveis. No interior do Estado, 10 cidades também ficaram sem o produto.

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