Barbárie: perícia revela detalhes do assassinato de jovem esfaqueado em Anápolis

A informação de que um corpo foi encontrado no perímetro da cidade de Gameleira na manhã desta quarta-feira (23) parecia ser a solução de um caso que se arrastava há 10 dias. O corpo do jovem Erike Jhony, 16, esfaqueado em 13 de maio no Residencial Buritis, estava desaparecido nesse período e uma equipe de policiais e bombeiros esgotavam a cada dia as possibilidades de encontrá-lo.

Ao chegar no local, policiais civis e peritos do IML se depararam com um cenário de barbárie que, em um primeiro momento, deixou as autoridades perplexas com a situação. Apenas a ossada de Erike estava no local, o que não é compatível com a velocidade estimada de decomposição de um corpo nas condições do local, próximo a uma plantação de milho.

O delegado do Grupo de Investigação de Homicídios, Cleiton Lobo, que está responsável pelo caso, explicou que, em locais quentes, a decomposição é mais rápida, mas informou que animais podem ter desfigurado e alterado o corpo.

“Tinha costela dele separada, o crânio estava separado do corpo. Não era para estar assim”, afirmou. Imagens divulgadas pela Polícia Civil no momento em que o corpo foi encontrado geraram polêmica e dúvidas sobre a identidade do cadáver encontrado.

“É ele”, garantiu o delegado Cleiton Lobo, ao explicar que a família do jovem Erike o identificou por uma pulseira, o par de tênis e roupas que ele utilizava no dia em que foi esfaqueado. Por causa de uma briga que houve na sexta-feira (11 de maio), Cleiton Lobo acredita que o crime “foi uma vingança”.

Erike teria esfaqueado os suspeitos de tê-lo matado. “É você que gosta de furar os outros, não é?”, teria dito um dos suspeitos antes de desferir golpes contra o rapaz. Ainda de acordo com o delegado Cleiton Lobo, o corpo foi deixado em uma área distante do local do crime para despistar as autoridades policiais.

“As investigações revelaram que no último dia 13 de maio o rapaz foi colocado no porta-malas de um Astra de cor prata pelos possíveis autores. Ontem (22), durante as buscas, foi encontrado um edredom utilizado pelos criminosos para cobrir o banco do carro onde a vítima estava”, explicou em nota a Polícia Civil de Anápolis.

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