BRs goianas geridas pela iniciativa privada deverão trocar de comando

A cobrança de pedágio não é atrativo suficiente e as obras pouco avançaram nos últimos anos nas estradas federais que estão sob controle da iniciativa privada em Goiás. Todas as concessionárias de rodovias que assumiram BRs que passam pelo Estado alegam dificuldades e têm a intenção de devolver a concessão para a União realizar nova licitação ou passar o controle para uma outra empresa.

Depois de ser decretada a caducidade da concessão da BR-153 – que era controlada pela Galvão Engenharia –, em agosto do ano passado, a devolução da BR-040 pela Via 040 está para sair. Já passou pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Porém, conforme a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o processo ainda aguarda a edição de decreto do governo federal que regulamentará a devolução prevista na Lei 13.448/2017, que estabelece as diretrizes para prorrogação e relicitação de contratos de parceria.

Na fila, outra que aguarda posição da ANTT é a MGO Rodovias (BR-050). A empresa foi adquirida, em fevereiro, pelo Grupo Ecorodovias por R$ 600 milhões. Assim, o controle da concessão passará para essa outra companhia. Única que ainda resistia em território goiano, a Triunfo Concebra (BR-060/ BR-153) alega agora também que a “relicitação é uma alternativa”. Muito pouco do investimento realizado teria sido recuperado pela empresa.

A Concebra informou que o entrave foi a não liberação de financiamento do BNDES com juros subsidiados, “inviabilizando a continuidade das obras, e em menor escala as divergências com o Tribunal de Contas da União (TCU)”. Entre os principais investimentos da concessão no Estado estava a construção de um contorno em Goiânia na BR-153 e a implantação de terceira faixa entre Anápolis e a capital goiana.

Notícias Relacionadas