Caiado chama números do governo de “artificiais” e diz que déficit chega a R$ 3,6 bi

Em busca de maiores informações sobre a situação fiscal de Goiás, o governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) e o vice Lincoln Tejota (PROS) se reuniu na manhã desta segunda-feira (5) no Tribunal de Contas do Estado (TCE) com o procurador do Ministério Público de Contas, Fernando Carneiro.

Logo depois da reunião, que durou cerca de duas horas, Ronaldo Caiado disse que saiu confiante, mas chamou os números apresentados pelo Estado de artificiais.

“Os dados apresentados até o momento pelo governo foram artificiais. Como é que o Estado pode estar de uma maneira normal, relatada por eles, quando você não tem pagamento de OS, de Bolsa Universitária, sequer do funcionalismo público? Isso não é uma normalidade. Isso é um quadro que precisa ser assumido pelo governo dando total transparência à realidade que passa o Estado de Goiás”, afirma.

O governador também falou sobre a dificuldade de acesso aos números da economia do Estado, e mencionou o decreto publicado pelo atual governo, que altera regras de execução orçamentária e que desobriga que as despesas da folha de pagamento dos servidores sejam liquidadas dentro do referido mês.

“O que estamos recebendo de informações são mais informações descritivas que você acessa pela internet. Não tem nenhum dado que seja capaz de demonstrar a realidade do Estado de Goiás. Este decreto do governador do Estado ainda mostrou a fragilidade com que o Estado se encontra do ponto de vista fiscal. Um calote anunciado”, pontua.

Segundo Caiado, o déficit orçamentário de Goiás supera R$ 3,6 bilhões, e que Goiás pode ficar impedido de realizar empréstimos junto a bancos oficiais pelo prazo de 1 ano. Segundo a reportagem do portal Sagres On, o site aguarda posicionamento da assessoria do governador José Eliton (PSDB) sobre as declarações do senador feitas na manhã desta segunda-feira (5).

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