Cais Mulher fecha, é improvisado em “puxadinho sem banheiro” e gera confusão em pacientes

Quem chegou no CAIS Mulher, no Bairro Maracanã, se deparou com as portas fechadas. No aviso, um eufemismo: fechado para reforma. Na verdade, a unidade que foi construída para receber todos os serviços do CAIS Mulher foi fechada. Algumas de suas atividades passarão a funcionar no CAIS Abadia Lopes. A decisão foi tomada pelo Prefeito de Anápolis, Roberto Naves (PTB), que realizou uma série de mudanças na Saúde, sob a alegação de “corte de custos”.

Quem chegou para o atendimento se frustrou. É o caso da diarista Eunice Santos, 24 anos. Ela tirou o dia para procurar atendimento ginecológico, mas não encontrou nem mesmo um servidor para que pudesse ser informada. “Sempre que precisei usei o postinho (CAIS), todo mundo na minha família vem aqui, agora não sei como vai ser porque parece que o outro lá é longe, né”, disse, referindo-se ao novo endereço onde o CAIS Mulher será adaptado.

Na manhã desta segunda-feira, a reportagem da Voz de Anápolis esteve nas duas unidades e nem mesmo no CAIS Abadia Lopes havia atendimento. Algumas mulheres chegaram a ir no novo endereço e também se frustraram: por conta da mudança, não houve qualquer atendimento.

Um dos servidores da Saúde lotados no Cais Mulher explicou a situação encontrada por eles. Sob a condição de anonimato, a fonte considerou a mudança um retrocesso. “O espaço é pequeno e a gente não sabe se vai conseguir adequar tudo”, observou.

A fonte prevê outro problema: os consultórios do CAIS Abadia Lopes não têm banheiro, o que pode provocar uma reclamação dos médicos, pois ele disse que consultórios de obstetrícia devem ser equipados com sanitário. “Jogaram a gente aqui”, disse. E emendou: “isso vai dar problema”.

Caminhão de mudança traz equipamentos do CAIS Mulher, que foi fechado nesta segunda-feira, para um puxadinho no Cais Abadia Lopes

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