“Câmara mostrou à Prefeitura que ela estava errada em episódio do lixo hospitalar”, discursa Gomide

O anúncio da Secretaria do Meio Ambiente em adiar o prazo para a transferência da responsabilidade de tratamento de lixo hospitalar para as farmácias, consultórios e clínicas foi visto pelo vereador Antônio Gomide (PT) como uma vitória do bom senso e da preservação da segurança da Saúde Pública. Em reunião ocorrida na quarta-feira (21), o secretário de Meio Ambiente, Daniel Fortes, anunciou que promoverá uma nova reunião com o Ministério Público, a fim de prorrogar os prazos que foram definidos pela própria gestão municipal.

A decisão da prefeitura em dar um prazo de 40 dias para que todos os produtores de lixo hospitalar passem a cuidar de seus dejetos foi uma questão apresentada pelo próprio vereador Antônio Gomide há 20 dias. Durante sessão plenária, o parlamentar alertou para o risco à Saúde Pública. Ele foi seguido de diversos outros vereadores. Nesta semana, integrantes da gestão foram chamados a uma reunião para prestar esclarecimentos. E neste encontro houve o acordo de postergar a decisão.

“A Prefeitura fez de uma notificação extrajudicial a demonstração de que não está preparada para fazer este tipo de debate. E ontem a reunião em que deixou claro, uma vez que não foi capaz nem mesmo de fazer o cadastro dos geradores de lixo, ficou claro que os próprios diretores não sabem quem estão notificando”, disse Gomide, referindo-se ao anúncio por parte do diretor Antônio El Zayek de que somente foram notificados entre 300 e 350 pontos de produção de lixo, alegando que este é o volume dos endereços registrados.

“Foram feitas entre 300 e 350 locais, segundo a própria gestão, quando sabemos que este número é bem maior, chegando a 1300 produtores de lixo. Então é preciso antes saber quem produz lixo e depois pedir adequação. Do contrário, os que não estão sendo notificados vão dar um fim inadequado ao seu lixo hospitalar. Isto é um risco à Saúde Pública”, completou Gomide.

O parlamentar ainda discursou contra a tentativa de dar versões contrárias à documentação do Ministério Público. “Quando a Câmara Municipal fez o alerta, ela estava correta. E por aí tentaram dizer que foi uma decisão judicial para a Prefeitura. Não é verdade. Insistem em contar uma versão que não é verdadeira. É apenas um alerta do Ministério Público”, esclarece. “Se a prefeitura não se preparou, ela não está pronta para cobrar. E nós chegamos a um ponto comum em que a prefeitura reconhece o erro”, emendou.

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