Caravana de Lula é atingida por tiros no Sul do País: ex-presidente fala em resistência à intimidação

O ataque a tiros à caravana de Lula enquanto passava pela região Sul do País reforça a tese de que existe uma caçada antidemocrática ao ex-presidente e sua legenda. Sob o risco de ser preso por conta da condenação em segunda instância e liderando até aqui todas as pesquisas já realizadas para a sucessão eleitoral, Lula resiste a qualquer tentativa de cancelar ou moderar a caravana que faz desde o ano passado pelo Brasil, alegam seus interlocutores.

Informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo, informam que o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), telefonou na terça (27) ao ministro da Segurança, Raul Jungmann, para dizer que a integridade do ex-presidente tornou-se responsabilidade do governo Temer.

Ainda segundo a coluna, “a investida sem precedentes assustou quadros da sigla que agora falam na possibilidade real de tragédia e defendem o fim das andanças pelo país”.

O principal temor de alguns petistas é justamente a insistência de Lula em não se intimidar e continuar com a programação de viagens. Eles apostam que Lula não topará se recolher nesse período.

O clima de tensão tomou conta dos eventos ocorridos no Sul. Em Chapecó (SC), Fernando Haddad estava no palanque com o ex-presidente quando avistou uma igreja com torres. “Alguém vistoriou?”, indagou. Diante da negativa, rebateu: “Estão brincando”.

O ministro Raul Jungmann conversou pessoalmente com deputados do PT que foram até sua pasta falar sobre o assassinato de Marielle Franco, no Rio, e souberam dos tiros na comitiva de Lula durante a reunião. Segundo os relatos, o ministro mostrou-se assustado e tratou o episódio como o prenúncio de um futuro sombrio.

O veículo atingido levava jornalistas e profissionais de imprensa do Brasil e do Exterior. O outro ônibus transportava integrantes da equipe que coordena a caravana.

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