Com câmeras da Prefeitura desligadas e pouco policiamento, violência se torna cotidiana em Anápolis

Um dos principais resultados da implantação do Gabinete de Gestão Integrada Municipal – GGIM – em 2011 foi a chegada das tecnologias que serviram para ajudar na segurança pública da cidade. Sem dúvida, o sistema de vídeo-monitoramento foi a ferramenta acertada, apresentando redução de até 65% das ocorrências em três meses de funcionamento. As câmeras aumentaram a vigilância e a sensação de segurança, causando inibição da ação criminosa em diversos pontos de maior movimento.

Até então, tudo bem. Acontece que nesta semana os anapolinos foram surpreendidos com a notícia de que as câmeras estão desligadas. Isto porque a gestão municipal deve à empresa responsável pelo fornecimento de fibra ótica, que faz a comunicação, o valor acumulado de R$ 879.827,30.

Questionada, a Prefeitura chegou a informar que haveria um problema por parte da empresa que viabiliza o funcionamento do sistema, por não dar manutenção na rede. Por nota, a empresa Claro desmentiu a Prefeitura.

A empresa não comenta contratos específicos de clientes ou situações de inadimplência, mas garante que sua rede na cidade está em pleno funcionamento. “Nossa rede opera normalmente e realizamos regularmente a manutenção de nossa rede de fibra óptica na cidade”, disse na nota.

Já o assessor do Observatório de Segurança Glayson Reis disse à reportagem que nem todas as câmeras estariam desligadas. “Algumas, sim, outras, não”, disse, sem mencionar quais. Ele sustenta que está em processo de troca o sistema que opera as câmeras. “Estamos trocando para um sistema mais moderno, porque nós teremos agora um que fará reconhecimento facial e leitura de placas”, garante.

O prefeito Roberto Naves, durante prestação de contas na Câmara Municipal, apareceu com uma terceira versão: o sistema tem mais de 10 anos e está defasado. Só que as câmeras só foram instaladas há sete, em 2011.

Nas praças, tráfico de drogas e roubos são parte da paisagem

WP pediu para não ser identificado. Ele conhece bem o dia a dia da Praça Americano do Brasil e dispara. “Aqui só tem droga e bandido. Tudo que existir de ruim, essa praça tem”, conta. O trabalhador disse que os roubos de celulares são frequentes por conta da grande movimentação de pessoas. “Não foi uma, nem duas, nem três vezes que vi pessoas sendo roubadas. Do nada, você só escuta o grito”, relata.

Do outro lado da Praça Americano do Brasil, outro trabalhador também conhece a realidade do local, o taxista Libertino Ferreira da Cunha. Trabalhando no local há 36 anos, ele é mais comedido e diz que já observou algumas situações de insegurança. “A gente tem que entregar a vida da gente para Deus”, sugere.

O taxista Libertino da Cunha diz que entrega a vida à Deus e lembra da da promessa da Guarda Municipal: “ia ajudar”

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