Com reforço repatriado do Japão, Anápolis encerra as contratações

Felipe Homsi

O Anápolis está disposto a trazer de onde for preciso reforços que irão compor o time em 2016 para a temporada. A equipe, que vai disputar o Campeonato Goiano, Brasileiro Série D e Copa do Brasil, foi buscar em terras nipônicas o último jogador para ocupar a vaga de zagueiro aberta após a saída de Renato Justi.

Wesley Silva Santos Rodrigues jogava no Verdy Tóquio, time da segunda divisão do Campeonato Nacional Japonês. “Jogava de zagueiro e atacante quando precisava”, destaca o atleta, que contribuiu no ano passado para manter a equipe na segunda divisão.

Confiante em seu discurso, ele destaca a “força e a liderança” como seus principais trunfos que podem contribuir para que o Galo conquiste o tão sonhado título goiano, como ocorreu em 1965, ano histórico para o clube. “Não gosto de perder nada que eu disputo”, já avisa o zagueiro Wesley, que no Japão identificou um futebol rígido, em que cada jogador tem uma posição “bem compactada”.

Metas

Ele sabe que estar no time não é garantia de entrar em campo. Para poder atuar com o time titular, busca o condicionamento físico com o objetivo de “estar brigando por posições” e “ganhar jogo a jogo, chegar até a final e conquistar o que não conquistamos no ano passado”. Além do Goiano, ele afirma que o acesso à série C também é uma das metas da equipe.

E a contratação de Wesley Silva para a zaga está dentro da proposta de ter um time coeso que entre na disputa alinhado em todas as ações do grupo. Lucas Magalhães, gerente de futebol do Anápolis, diz que a ideia é que todas as decisões da equipe sejam tomadas em conjuntos e que o grupo “seja o grupo mais homogêneo possível” no início do campeonato.

Previsões

Conforme indicou, os sinais apresentados pelos jogadores até agora é a melhor possível: “Está todo mundo respondendo do jeito que nós esperamos”. No último sábado, o Galo jogou contra o Brasiliense e empatou em 1×1, no Jornas Duarte. Questionado se a pré-temporada seria uma avaliação para possíveis mudanças, ele rebateu: “Time profissional não faz teste”.

“Tendência é que cada competição que acabe nós mexamos o mínimo possível (no time)”, referenda. Agora, acrescenta, é o momento de aprimorar a parte física e melhorar o conjunto do time em todos os aspectos. Sobre os aspectos financeiros, ele não acredita que o clube terá problemas para jogar os campeonatos que virão pela frente.

“Patrocínios são basicamente os mesmos, mas a receita aumenta”, diz, referindo-se à arrecadação com jogos e a promoções como a Torcida Premiada. A folha de pagamento é a mesma do ano passado, como pontuou, mas a estrutura do Anápolis está melhor. O diretor Lucas afirmou que o clube possui uma equipe maior de profissionais envolvidas neste ano, para oferecer um treinamento ainda melhor do que em 2016.

“O maior sistema é o defensivo, porque atacar é muito fácil”, diz preparador

O preparador de goleiros do Anápolis, Vandomar Dionísio, enxerga na defesa um dos trunfos do Anápolis para este ano. Em 2016, o zagueiro Renato Justi e o goleiro Felipe, que não estão mais no clube, estiveram entre os melhores do Goianão. E apesar de ter feito apenas 16 gols no campeonato, tomou apenas 13 tentos, ficando com saldo positivo ao final do torneio.

“O maior sistema é o defensivo, porque atacar é muito fácil”, surpreende. “Parte defensiva tem que ser bem treinada, para você fazer um bom ataque e não sofrer com os contra-ataques”, continua. E um dos desafios, para ele, é que o time faça muitos gols neste campeonato.

Conforme expressou, muita coisa é novidade nesta temporada, pois, “por mais que mantenha uma base, é uma situação nova”. Para ele, este momento da pré-temporada e o início do campeonato são cruciais no preparo da equipe. “Os dois primeiros jogos do campeonato goiano fazem parte de uma convicção de entrosamento”, explica.

Um diferencial do Anápolis é que parte da base da defesa se manteve intacta para este ano, formando a chamada “espinha dorsal” do setor defensivo. O preparador de goleiros Vandomar, que ainda não teve o gosto de ser campeão goiano, vê com otimismo esta temporada. “Eu acho que está encaminhando. Ser campeão não é fácil”, reconhece.

 

Notícias Relacionadas