Com sinalização a Álvaro Guimarães para presidir Assembleia Legislativa, Caiado busca aproximação com opositores

Terminadas as eleições, a agenda política de Goiás começa agora a vislumbrar os possíveis nomes do novo secretariado de Ronaldo Caiado para o Governo de Goiás. Outra movimentação acontece com a eleição do novo presidente do legislativo goiano. Para a Assembleia Legislativa, o nome ventilado é o de Álvaro Guimarães (DEM). O deputado reeleito teria o apoio de Caiado.

Eleito pela terceira vez para um novo mandato como deputado estadual, o integrante do DEM chega ao sexto mandato entre eleições como titular e suplente. Com a sugestão do apoio do governo eleito em torno de seu nome para presidir a Alego, Ronaldo Caiado responde a pelo uma das diversas perguntas que tem sido feitas.

A dúvida seria se Caiado adotaria um tom de confronto com a gestão passada e seu grupo ou se buscaria aparar arestas e aproximar o governo dos partidos. A resposta vem pelo nome de Guimarães, cuja trajetória mantém ligações próximas com os marconistas e com emedebistas. Ele mesmo já foi considerado um marconista: Álvaro Guimarães ocupou a Secretaria de Assuntos Políticos no primeiro governo Marconi Perillo (PSDB), numa função também de aproximação dos parlamentares e lideranças políticas de Goiás com o então governo estreante.

Antes disto, nos anos 1990, ocupou a Secretaria de Agricultura e o Detran, no Governo de Maguito Vilela (MDB), tendo trânsito deste então com estes dois grupos políticos.

De tom conciliador, Álvaro Guimarães terá como função estratégica na Assembleia Legislativa de Goiás – sendo presidente ou não – tornar o diálogo do Governo Caiado com grupos antagonistas como MDB e PSDB mais próximo.

 

Base

Ampliar a base no Legislativo é uma tarefa do governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) e também dos representantes eleitos em sua coligação. Ao todo, foram 11 partidos. Além do DEM, PRP, Pros, PDT, DC, PSL, PSC, PPL, PRTB, PMB, PTC, PMN e Podemos estiveram do mesmo lado. Destes, foram eleitos 18 deputados:

 

Chico Kgl (DEM)

Dr. Antônio (DEM)

Iso Moreira (DEM)

Alvaro Guimaraes (DEM)

Rubens Marques (PROS)

Cairo Salim (PROS)

Vinicius Cirqueira (PROS)

Major Araujo (PRP)

Amauri Ribeiro (PRP)

Delegado Humberto Teófilo (PSL)

Paulo Trabalho (PSL)

Rafael Gouveia (DC)

Zé Carapô (DC)

Charles Bento (PRTB)

Julio Pina (PRTB)

Claudio Meirelles (PTC)

Karlos Cabral (PDT)

Henrique Cesar (PSC)

 

De lados opostos, historicamente, MDB e PSDB possuem a segunda maior bancada. Se levadas em conta as suas coligações, a disposição destes grupos é ainda ampliado. O grupo liderado pelo PSDB tem 15 integrantes eleitos:

 

Diego Sorgatto (PSDB)

Dr. Helio de Sousa (PSDB)

Talles Barreto (PSDB)

Lêda Borges (PSDB)

Tião Caroço (PSDB)

Gustavo Sebba (PSDB)

Wilde Cambão (PSD)

Lucas Calil (PSD)

Amilton Filho (SOLIDARIEDADE)

Thiago Albernaz (SOLIDARIEDADE)

Lissauer Vieira (PSB)

Virmondes Cruvinel (PPS)

Wagner Neto (PATRI)

Delegado Eduardo Prado (PV)

Henrique Arantes (PTB)

 

Já o grupo que foi eleito pela coligação que teve como candidato majoritário  Daniel Vilela (MDB), elegeu seis parlamentares:

 

Paulo Cezar Martins (MDB)

Bruno Peixoto (MDB)

Humberto Aidar (MDB)

Jeferson Rodrigues (PRB)

Alysson Lima (PRB)

Coronel Adailton (PP)

 

O PT elegeu dois parlamentares, os deputados mais votados de Goiânia (Adriana Accorsi) e de Anápolis (Antônio Gomide). Por definição os deputados do PT devem ser os únicos que devem se manter como oposição ao Governo, como faz historicamente o PT e o DEM no Congresso Nacional. As demais legendas e seus representantes – que totalizam 39 nomes, ou já estão na base eleita de Ronaldo Caiado, ou já estiveram juntos em alguma eleição. É o caso do PSDB nas eleições de 1998, 2002 e 2010, e o MDB nas eleições de 2014.

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