Conselho da Comunidade na Execução Penal pede interdição do Presídio Municipal

Conforme antecipado pelo portal A Voz de Anápolis, o presidente do Conselho da Comunidade na Execução Penal em Anápolis requereu ao Ministério Público a interdição do Presídio Municipal, para que esta unidade não receba mais presos.

A decisão do conselho vem após a fuga, nesta quarta-feira, de quatro presos daquela cadeia pública. O local funciona bem acima da sua capacidade, com aproximadamente 800 presos.

A capacidade é para no máximo 270 detentos, conforme últimas informações repassadas pelo Conselho de Execução Penal. Para o ano que vem, a expectativa é que a população carcerária chegue a 1000 presos, quase quatro vezes a capacidade.

Com a fuga desta quarta-feira, chega a sete o número de presos que escaparam do presídio em menos de uma semana. No domingo, três detentos se aproveitaram da visita familiar e conseguiram escapar. Após esta série de acontecimentos, Gilmar Alves anunciou que faria o requerimento para interdição da cadeia.

Novo presídio

A superlotação do Presídio Municipal e os atrasos no novo presídio prometido pelo Governo Estadual fizeram com que o sistema carcerário anapolino chegasse a níveis nunca antes presenciados pela comunidade e autoridades.

No dia 8 de agosto, após mobilização da comunidade anapolina, os últimos presos de um grupo de 600 detentos foram enviados do novo presídio de volta para a penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia.

No dia 24 de fevereiro, aproximadamente 600 presos foram transferidos de Aparecida para Anápolis, após confronto naquela unidade que culminou na morte do traficante ‘Thiago Topete’.

Desde o retorno dos presos, Anápolis espera a conclusão da nova unidade carcerária, que poderá desafogar o sistema penitenciário anapolino e o Presídio Municipal não se torne um “barril de pólvora”, como avaliam alguns especialistas.

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