Não bastasse o choque das medidas do Governo Federal, que vem cortando direitos de trabalhadores, aposentados e prejudicando programas sociais importantes, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou que em outubro a bandeira tarifária será vermelha.
Desta forma, o custo da energia atingirá o patamar 2, considerado o mais caro padrão de tarifas. A desculpa, ou melhor, justificativa? O Governo afirma que “a situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas alcançou níveis preocupantes e, ainda que não haja risco de desabastecimento de energia elétrica, é preciso reforçar as ações relacionadas ao uso consciente e combate ao desperdício”.
Mais uma vez, a responsabilidade pela falta de investimentos no sistema elétrico será transferida para os consumidores. E para garantir que o governo não seja o culpado pelo aumento das tarifas, uma série de dicas foram publicadas no site da ANEEL, para possibilitar aos consumidores “o bom uso da energia elétrica”.
Os brasileiros, que já vem fazendo concessões pela alta inflação e se desdobram para conseguirem fechar o mês no azul, agora terão que cortar mais uma despesa básica e, em outubro, serão obrigados a pagar mais pela energia. A bandeira tarifária vermelha, estabelecida para outubro, terá custo de R$ 3,50 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.
“É a primeira vez que o patamar 2 é acionado – desde que a bandeira vermelha passou a contar com as duas graduações, em janeiro de 2016”, explica a ANEEL.
Bandeiras tarifárias
