Delatores da JBS afirmam ter passado mala com R$ 500 mil para senador Ciro Nogueira, presidente do PP

O empresário Joesley Batista, um dos do donos do grupo J&F, e o executivo da empresa Ricardo Saud afirmaram em depoimento à Polícia Federal que pagaram propina ao senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, inclusive com a entrega de uma mala de dinheiro de R$ 500 mil e doação não contabilizada na campanha de 2016, quando as doações de empresas passaram a ser proibidas.

Ciro Nogueira foi alvo ontem (24) de uma operação da Polícia Federal. Agentes encontraram na sua residência em São Paulo R$ 200 mil em dinheiro dentro de um cofre. Nogueira é senador pelo Piauí. Além dele, a polícia também foi ao seu gabinete e ao gabinete do deputado pepista Eduardo da Fonte, de Pernambuco.

Joesley disse também que seus maiores interlocutores sobre tudo o que acontecia com a empresa, dona da JBS, no âmbito da Operação Lava Jato nos últimos três anos foram Ciro Nogueira, o atual presidente da República, Michel Temer, e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

Saud afirma que os delatores tentaram gravar a entrega de dinheiro ao senador do PP do Piauí na casa de Joesley. Ciro teria colocando a mala no porta-malas de um carro dirigido por seu motorista, mas ele estacionou em um local onde a câmera de segurança da casa não capturou a cena.

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