Desemprego sobe a 13,1% em março e atinge 13,7 milhões de pessoas, diz IBGE

O índice de desemprego no Brasil atingiu 13,1% no trimestre encerrado em março de 2018, maior nível desde maio do ano passado. Isso significa que 13,7 milhões de pessoas estão desempregadas no país. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da pesquisa Pnad.

A taxa ficou maior do que a registrada no trimestre móvel encerrado em fevereiro, de 12,6%, na terceira alta consecutiva após nove trimestres de queda. O índice, porém, ainda ficou abaixo do registrado em igual trimestre móvel do ano passado, de 13,7%.

O resultado veio acima do esperado pelo mercado. A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 12,9% no período.

Os dados do IBGE mostram que na comparação com o trimestre encerrado em dezembro, o número de desempregados no país aumentou em 1,379 milhão de pessoas, o que representa uma alta de 11,2%. Já no confronto com igual trimestre do ano anterior, quando havia 14,2 milhões de desocupados, houve queda de 3,4%. (menos 487 mil pessoas desocupadas).

Já a população ocupada no país ficou em 90,6 milhões, queda de 1,7% em relação ao trimestre encerrado em dezembro, quando era de 92,1 milhões. Segundo o IBGE, o contingente de ocupados é o menor desde julho, quando também ficou em 90,6 milhões.

Na comparação anual (trimestre contra o mesmo trimestre do ano anterior), a queda de 3,4% foi “a primeira estatisticamente significativa da população ocupada” desde o trimestre terminado em junho de 2014, destacou o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo.

Nº de trabalhadores com carteira é o menor desde 2012

O contingente de trabalhadores com carteira assinada caiu 1,2% frente ao trimestre anterior, uma redução de 408 mil pessoas, e ficou em 32,9 milhões, o menor de toda a série da pesquisa, iniciada em 2012, segundo o IBGE. A máxima foi registrada em junho de 2014, quando foram registrados 36,8 milhões de empregos formais.

O número de empregados sem carteira também caiu frente ao trimestre anterior, para 10,7 milhões de pessoas, uma redução de 402 mil trabalhadores. Segundo Azeredo, foi a primeira queda nesta base de comparação desde o trimestre terminado em março do ano passado. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior entretanto, o número de trabalhadores sem carteira cresceu 5,2% (mais 533 mil pessoas).

Já a categoria dos trabalhadores por conta própria ficou estável na comparação com o trimestre encerrado em dezembro, em 23 milhões. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 3,8% (mais 839 mil pessoas).

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