Economia informal cresce pelo 4º ano seguido no país e corresponde a 16,9% do PIB, aponta estudo

A economia informal avançou pelo 4º ano consecutivo no Brasil, segundo o Índice de Economia Subterrânea (IES), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e pelo Ibre/FGV.

No período de 12 meses encerrado em julho, a economia subterrânea movimentou R$ 1,173 trilhão, o equivalente a 16,9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. No ano passado, o percentual ficou em 16,8%.

Segundo o estudo, a economia movimentada pela informalidade é superior ao PIB de países como a Irlanda e está bem próxima ao Produto Interno Bruto da África do Sul e de Israel.

O indicador foi criado em 2003 para medir a chamada economia subterrânea, que consiste na produção e comercialização de bens e serviços que não é reportada oficialmente ao governo, e leve em conta tanto a sonegação quanto o descumprimento de regulamentações trabalhistas e previdenciárias.

Com a nova alta, o indicador retornou ao nível de 2011. Depois de atingir 21% do PIB em 2003, o índice entrou em trajetória de queda até atingir seu menor patamar histórico em 2014, quando representou 16,1% da produção do país. Desde 2015, mudou de direção, e a informalidade cresceu 0,8 ponto porcentual.

Para Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador da FGV/Ibre, o resultado traduz o impacto da crise econômica no mercado de trabalho. “Acreditamos que, à medida que a economia volte a se recuperar, conseguiremos mensurar também a retomada da queda da economia subterrânea”, avaliou.

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