Eleições 2018: Missão da OEA elogia segurança de urnas eletrônicas

A Comissão da Organização dos Estados Americanos que acompanhou a apuração dos votos atestou que o sistema de urnas eletrônicas é seguro.

É a primeira vez que uma missão da Organização dos Estados Americanos, a OEA, acompanha as eleições brasileiras. A convite do próprio governo, 41 especialistas de 18 países visitaram 12 estados e o Distrito Federal; foram em 130 locais de votação.

A missão seguirá observando a eleição brasileira e apresentará um relatório depois do fim do segundo turno. Mas a chefe da missão da OEA, a ex-presidente da Costa Rica Laura Chinchilla, adiantou que o sistema eletrônico de votação brasileiro é seguro e o resultado da eleição de domingo (7) é confiável. “Não encontramos nenhum elemento que podemos questionar o processo eleitoral que observamos no primeiro turno”, afirmou.

A missão acompanhou todo processo eletrônico. O diretor de observação eleitoral da OEA, Gerardo de Icaza, disse que um especialista da organização ficou, no domingo (7), dentro da sala de apuração no Tribunal Superior Eleitoral e não viu nada que colocasse em dúvida a segurança das urnas.

“A missão acompanhou o processo da urna eletrônica desde começo de 2018 com nosso técnico Alexis Bravo, especialista regional, que já analisou muito voto eletrônico em diferentes países. Desde os primeiros ensaios da urna eletrônica, inclusive todo processo no TSE essa semana, lacrado, inseminação da urna e não vimos nada. Em nossa opinião é confiável”, declarou Icaza.

Com a segurança das urnas garantida, as autoridades se concentraram nos crimes eleitorais, aqueles que tentam, na sua maioria, mudar ilegalmente o voto do eleitor. A Polícia Federal registrou, em todo país, 285 ocorrências de crimes eleitorais. As mais frequentes foram boca de urna, propaganda irregular: 231. E a suspeita é de compra de votos em 54 casos.

Um exemplo foi em Cascavel, no Oeste do Paraná. O ex-vereador Jeovane José Machado, conhecido como “Ganso Sem Limite”, foi detido suspeito de fazer boca de urna. Ele foi flagrado quando entregava santinhos de candidatos, e também estava com R$ 950. A Justiça Eleitoral vai apurar se o dinheiro seria usado para comprar votos.

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