Em novo clima tenso, Jakson Charles afirma que líder do PTB é “frágil emocionalmente” por fazer cobrança a prefeito

A tão recorrente afirmação de que discursos de oposição e de crítica à gestão municipal passam por uma reação agressiva por parte de alguns vereadores mais alinhados com o prefeito Roberto Naves teve mais um capítulo na sessão desta terça-feira (20). E, desta vez, a vítima da tentativa de intimidação retórica foi o líder do PTB, partido do prefeito, o vereador Jean Carlos.

Vereador Jean Carlos, líder do PTB na Câmara

Tudo começou quando o líder petebista reiterou suas críticas e cobranças sobre diversas demandas as quais não era atendido. Entre elas, teceu críticas quanto às cobranças que a gestão pública municipal tem realizado por limpar lotes baldios de propriedade particular.

Foi o bastante para que o líder do prefeito, Jakson Charles (PSB) pedisse um aparte e reagisse à fala de Carlos. “O senhor, por mais que entenda de leis, é frágil emocionalmente. O senhor traz questões pessoais para a tribuna”, disparou.

Para Charles, falta comunicação do líder do PTB Jean Carlos com o chefe fo Executivo. “O senhor precisa conversar mais com o seu prefeito e entender a metodologia aplicada pelo seu partido, o PTB, ao qual o senhor é líder. E saiba: o senhor é um dos vereadores mais atendidos pela administração”, revelou.

Jakson Charles deu continuidade às avaliações que faz da postura emocional e parlamentar de Jean Carlos e o comparou a um gato. “Temos de escolher um lado, não ficar em cima do muro. O senhor tem comportamento de gato: gato é quem fica em cima do muro”, atacou.

Resposta

Jean Carlos, em resposta, evitou o contra-ataque direto ao líder do prefeito e assegurou que sua inteligência emocional está resguardada. “O senhor pode ter certeza que, sobre a minha posição emocional, eu tenho convicção dela, eu não tenho medo e nem fico em cima do muro. Mesmo sendo do partido do prefeito, eu resolvi vir cobrar aqui o que a cidade cobrou”, ponderou.

Demonstrando nítida irritação e até mesmo rompendo o tempo destinado à sua fala, Carlos lamentou ser “às vezes, mal compreendidos”, mas fez o alerta ao líder do prefeito Roberto Naves: “Não serei subserviente ou omisso com as causas da cidade”, arrematou.

Após sua saída da tribuna, ambos continuaram a ter uma acalorada discussão fora dos microfones que precisou ser contida pela mesa diretora para que os trabalhos da sessão pudessem continuar.

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