Empreendedorismo: Jovens e talentosos, anapolinos experimentam o sucesso precoce

Alguns já possuem seus próprios negócios e viraram notícia nacional, outros investem em negócios locais ou preferem partir para a área acadêmica: destaque para Samer Agi, que aos 25 anos se tornou o Juiz mais novo do Brasil.

Felipe Homsi

O anapolino Jonathan Lima, de 20 anos, foi destaque na imprensa nacional por ser o mais jovem diretor de uma instituição financeira do Brasil reconhecido pelo Banco Central. Ele responde por uma movimentação financeira anual de R$ 1 bilhão na Pagar.me, empresa de pagamentos on line, em que também atua como sócio.

Jonathan não é o único anapolino de sucesso na cidade. São centenas, até milhares de jovens que se arriscam no mundo do empreendedorismo, na ciência e até como profissionais liberais. Acontece que para alguns o salto para uma carreira promissora vem muito cedo. Isso não quer dizer que eles estejam menos preparados para os desafios. Pelo contrário, mostram que estão dispostos a evoluir na carreira e alçar voos maiores.

Brunno Cerqueira Arraes, de 25 anos, é um desses prodígios. Gastrônomo, ele pegou seu acerto trabalhista em um restaurante onde atuava como subchefe para abrir o seu próprio, que serve frutos do mar em “porções compartilhadas” a custo acessível, conforme explicou. Foi no primeiro emprego que aprendeu o que precisava, para, juntamente com seu sócio, Ariel Aleksandrus Rosa Bonome (24), abrisse um empreendimento que tem filas de espera nos finais de semana.

Bruno e Ariel decidiram abandonar o mercado formal para empreender em um restaurante

“É tudo que eu sonhei um dia”, declara Arraes. Mesmo novo, assume a responsabilidade da cozinha. Ele é o idealizador do projeto e pensou em cada detalhe, com pratos acessíveis, para “não assustar nossos clientes com valores”.

O juiz

Quem é de Anápolis parece conhecer pouco sobre quem são os jovens talentos anapolinos. Samer Agi, hoje com 29 anos, é formado em Direito. O que talvez nem ele soubesse é que aos 25 anos se tornaria o juiz mais novo a ser empossado em todo o Brasil. Atualmente, ele atua no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios – TJDFT, como juiz de Direito substituto. Também é professor de Direito Penal e Sentença Criminal.

Aos 25 anos, Samer Agi se tornou o juiz mais novo do Brasil a ser empossado

Precoce é um nome que define bem sua trajetória. Ainda no 7º período de Direito, foi aprovado para o cargo de delegado de Polícia do Estado de Goiás, cujo ingresso foi possível por meio de liminar. E aos 25 anos, a boa notícia: a aprovação para o TJDFT. Em primeiro lugar, ele cita sua família como principal referência. O ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto e o ministro do STF Luís Roberto Barroso.

“É preciso ter referenciais altos. Isso torna a jornada mais leve, porque você deixa de se importar com pequenos obstáculos durante a caminhado. Seu foco está em algo muito maior”, destaca, e pontua que ainda possui sonhos pela frente. “Vários projetos em mente. A gente nunca pode parar de crescer. Sem um bom desafio, a vida me parece tediosa”, evidencia.

Ele não se considera uma pessoa acima da média, mas acredita que a dedicação é um diferencial na carreira: “Eu tenho uma disciplina acima da média. É apenas isso. A disciplina, a fé e o passar do tempo, juntos, produzem um resultado inacreditável”. Para quem quer seguir o mesmo caminho, um bom conselho talvez seja fazer com excelência tudo o que se quer empreender.

Cientista

Patrícia Regina da Silva Zaluski tem 24 anos. É formada em Administração e faz mestrado em Engenharia de Produção e Sistemas. Desde a graduação, participa de projetos científicos e realiza trabalhos voluntários. Já foi bolsista universitária e atuou em empresas juniores, centros de inovação tecnológica e passou por diversas outras experiências acadêmicas.

Patrícia Regina acumula diversas experiências acadêmicas e científicas em seu currículo

Desde o curso superior, não parou mais de estudar e passou a se dedicar integralmente à área do seu mestrado, a Engenharia de Produção e Sistemas. Como mestranda, recebe bolsa de estudos integral e bolsa-auxílio de dedicação integral, conquistadas por ela ter sido a primeira colocada no processo seletivo. Em vários congressos pelo Brasil, ela apresenta seu conhecimento. Os estudos que ela realiza foram destaque no Paraná, na Paraíba, Ceará, Rio de Janeiro e em Santa Catarina. Patrícia Regina se considera uma empreendedora, pois “enxerga oportunidades onde o restante das pessoas vê ameaças”.

“Minha prioridade é realizar pesquisas na área de logística e pesquisa operacional. Solucionar problemas de custos em fluxo de redes logísticas de cadeias produtivas do país. Sempre gostei dos estudos e de adquirir conhecimento, meu sonho desde criança era ser uma cientista pesquisadora. Espero um dia ser capaz de criar teorias novas e me tornar referência no que faço”, anuncia.

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