Engenheiro que tentou matar funcionária da VALEC é condenado em Anápolis

O 1º Tribunal do Júri Federal em Anápolis decidiu pela condenação do engenheiro Anízio Oliveira de Sousa por tentativa de homicídio duplamente qualificado contra Acácia Queiroz Carneiro, engenheira da VALEC. O julgamento durou 12 horas.

O Ministério Público Federal em Goiás havia apresentado 12 teses sobre o caso, todas acatadas pelos jurados. Anízio foi condenado a sete anos e seis meses de reclusão, com cumprimento inicial em regime semiaberto.

Conforme pontuado pelo MPF/GO, a tentativa de homicídio foi cometida com o objetivo de “assegurar a impunidade de crimes de falsificação de documentos realizados na Valec, empresa responsável pela construção da ferrovia norte-sul”.

Os procuradores da República Rafael Paula Parreira Costa e Otávio Balestra Neto estiveram no plenário e o júri foi presidido pelo juiz federal Francisco Brum.

O procurador Rafael Parreira exaltou o julgamento, considerado histórico. “A sociedade anapolina fez história e o resultado revela o desenvolvimento de uma cultura de intolerância à impunidade, corrupção e violência”, destacou sobre o caso.

Entenda

A engenheira da VALEC Acácia Carneiro identificou em 2009 que algumas pessoas próximas a seu colega de trabalho Anízio Oliveira de Sousa falsificaram documento de controle de distribuição de vales-refeição quando a gestão do escritório provisório da VALEC estava localizada em Campo Limpo de Goiás.

Anízio prestava serviços na construção da Ferrovia Norte-Sul, no trecho entre Uruaçu e Anápolis. Ao saber dos atos ilícitos do colega, Acácia ameaçou levar o caso aos superiores, em Brasília.

Foi então que Anízio invadiu a sala da vítima para discutir a decisão de Acácia. O condenado então pegou uma peça de concreto e bateu na cabeça da vítima. As agressões continuaram, enquanto Anízio segurava Acácia pelos cabelos.

Conforme informações do Ministério Público Federal, “Ao ouvirem os gritos, outros funcionários da empresa intercederam e evitaram a morte de Acácia. A pancada foi tão forte que causou traumatismo cranioencefálico e a perda dos movimentos do supercílio direito”.

A federalização do caso é explicada pelo fato de a VALEC ser uma empresa pública federal e o crime ter ocorrido no exercício das funções da vítima. Este tipo  O processo é de número 5321-69.2010.4.01.3502 – Subseção Judiciária de Anápolis.

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