EUA, Japão e Portugal têm maior eleitorado inscrito para votar no exterior nestas eleições

Estados Unidos, Japão e Portugal concentram mais da metade (51,9%) dos brasileiros aptos a votar no exterior nas eleições deste ano. Esses eleitores podem votar apenas para presidente. No total, 500.727 eleitores estão inscritos nas 1.790 seções eleitorais fora do Brasil.

Apenas 13 países têm mais de 5 mil eleitores cadastrados e reúnem 86,5% do eleitorado inscrito no exterior. Os números são os mais atualizados da Justiça Eleitoral.

Nas eleições de 2014, 354,2 mil eleitores estavam aptos para votar fora do Brasil. Isso significa que houve um aumento de 41,4% no eleitorado do exterior na comparação de 2014 com 2018. Na época, Miami era a cidade com a maior quantidade de eleitores brasileiros aptos para votar.

“Depois que implantamos o sistema de atendimento no exterior, chamado de ‘Título Net Exterior’, em 21 de fevereiro do ano passado, fizemos 91 mil atendimentos. Isso nos ajudou a aumentar o número de eleitores, que antes tinham de ir várias vezes à embaixada para conseguir o título”, diz Juliana Bandeira, chefe do cartório responsável pelos eleitores que moram fora do Brasil.

Nestas eleições, os Estados Unidos ainda concentram o maior número desse público, com 160.035 eleitores. Em seguida, vêm Japão (60.720) e Portugal (39.246). As cidades no exterior com mais eleitores são Boston e Miami, ambas nos Estados Unidos. São 35.051 e 34.347 eleitores, respectivamente.

Tóquio, capital do Japão, é o terceiro município com mais eleitores (26.098). Em seguida, Londres, na Inglaterra, tem 25.927 eleitores aptos. Outra cidade no Japão, Nagóia, é a 5ª cidade com mais eleitores brasileiros cadastrados: 24.520.

Na América do Sul, Paraguai e Argentina apresentam o maior número de eleitores inscritos para votar neste ano. O Paraguai tem 7.526 eleitores, número próximo ao também registrado pela Argentina (7.163). A Bolívia é o 3º país com mais eleitores no continente: 3.053.

Já na Europa os brasileiros aptos a votar estão localizados, principalmente, em Portugal (39.246), Reino Unido (25.927), Itália (25.489) e Alemanha (25.273). Também há eleitores em quantidade significativa em Espanha (20.765), na Suíça (19.674) e na França (11.048).

Segundo o porta-voz do TRE-DF, responsável por organizar as eleições no exterior junto com a Rede Consultar brasileira, a maioria das seções eleitorais fica nas sedes das embaixadas ou em repartições consulares do Brasil nos países. Os próprios funcionários dos locais costumam também desempenhar a função de mesários, além de outros eleitores convocados.

A chefe do cartório do exterior, Juliana Bandeira, diz que 39 seções eleitores não serão instaladas nestas eleições porque não alcançaram o número mínimo de 30 eleitores. E não haverá votação na seção eleitoral de Damasco, na Síria, apesar de 195 eleitores estarem inscritos, por causa da “volatilidade das condições de segurança”, “com potenciais riscos nos deslocamentos de eleitores brasileiros”.

Nestas eleições, 10.697 eleitores inscritos no exterior votarão em urnas de lona (e não em urnas eletrônicas). Esse número representa apenas 2,1% do total de brasileiros cadastrados para votar fora do país. Quase a metade desse eleitorado (47,1%) que deve votar em urnas de lona reside em países da América do Sul.

Zona Eleitoral do Exterior

Os eleitores inscritos na Zona Eleitoral do Exterior devem justificar a ausência às urnas somente em eleição presidencial, caso estejam fora do domicílio eleitoral ou não tenham votado. A justificativa eleitoral pode ser entregue nas missões diplomáticas ou repartições consulares do país no qual o eleitor estiver ou pode ser enviada pelo Sistema Justifica.

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