O ex-diretor do presídio municipal Fábio de Oliveira Santos e agentes prisionais da unidade foram denunciados pelo Ministério Público do Estado de Goiás na última sexta-feira (9) por tortura, corrupção e tráfico. A informação é do portal Uol Notícias. A denúncia foi oferecida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
De acordo com a publicação, alguns presos tinham permissão para receber prostitutas, sacar dinheiro em bancos, sair à noite, traficar e até matar. “E havia aqueles que eram espancados a qualquer momento”, diz ainda o conteúdo da reportagem.
Em uma mensagem de celular supostamente enviada por Fábio, o ex-diretor teria afirmado que “tem que dobrar o cacete e a borracha no lombo desses presos tuuudo moço (sic)”. O diálogo, supostamente mantido com o agente penitenciário Antônio Dias Ataídes Neto, teria continuado:
– “Moooooço”
– “Não tá em Goiânia, então pode bater com força”
– “Mooooço, fala uma coisa.”
– “… tem que rebentar o cara mesmo… mas… bala de borracha no lombo”
“Os dois formavam com o vigilante penitenciário Sóstenes R. Brasil Júnior e o superviso de segurança Ednaldo Monteiro da Silva, assassinado em 2 de janeiro de 2018, uma organização criminosa dentro do presídio goianos”, afirma ainda a reportagem, com base na denúncia oferecida pelo MPGO.
Defesa
O advogado Emílio Fernandes de Lima, que defende o ex-diretor Fábio de Oliveira Santos, informou em nota que seu cliente ainda não foi notificado sobre a denúncia.
“A denúncia foi apresentada, entretanto Fábio não foi notificado ainda para apresentar resposta à acusação e somente após a notificação é que a defesa irá se pronunciar sobre os fatos, haja vista desconhecer o conteúdo da denúncia”, afirmou.
