Galo vai se desmanchando e perdendo parceiros por conta da crise em campo

Felipe Homsi

Apesar do alivio pela vitória nesta quarta-feira, 22, time passa por mudanças internas e o fantasma do rebaixamento ainda ronda o Galo da Comarca. Alegando falta de “tempo” para a “dedicação” que o clube merece, o diretor de futebol André Hajjar renunciou ao cargo. Coincidência ou não, a saída do dirigente vem em um momento turbulento, em que até mesmo a empresa Francis Melo Assessoria e Gestão Esportiva, que contribuiu com a campanha do ano passado, encerrou sua participação no Anápolis.

 

Apenas a vitória já não garante ao Anápolis sua restruturação interna. A aparente recuperação no campeonato, após o empate contra o Goiás no Hailé Pinheio e a vitória contra o Goianésia nesta quarta-feira, 22, no Jonas Duarte, não escondem os problemas do clube, que está entre os que mais trocaram de técnico, com três mudanças.

Mudanças

O time também é um dos que mais usaram jogadores, explicado pelas diversas aquisições e dispensas ao longo do campeonato. E o mais intrigante é que as alterações não param por aí, mas continuam a todo vapor, com a esperança de respirar fora da zona de rebaixamento e quem sabe encontrar um caminho, mesmo entre pedregulhos e arbustos.

O empresário André Hajjar (Dedé Hajar), um dos proprietários da farmacêutica e patrocinadora do Anápolis Geolab, saiu do clube, no qual era diretor de futebol. Ao longo da semana, especulava-se que sua saída teria a ver com a má fase do time, o que foi rebatido pelo próprio Dedé.

“Estou saindo porque o Anápolis tem tomado muito, mas muito mesmo o meu tempo”, explicou. Ele deixa de ser um dirigente, “mas o patrocínio e o apoio de toda minha família continua”, continua.

Saída

“É apenas uma questão de necessidade de dedicação que o Anápolis precisa e eu não estou podendo atender e ainda está me atrapalhando nos negócios”, referenda. Apesar da explicação, o Anápolis sabe o valor simbólico que Dedé Hajjar tem para o time, já que é ex-jogador do clube.

André Hajjar minimiza os efeitos da sua saída: “Estou saindo apenas da operação diária do clube”. Ele entende que haverá alguém para o “substituir” e assumir sua função.

A baixa com a perda de Hajjar já seria o suficiente para a semana do Anápolis, mas o time ainda perdeu uma das grandes figuras da campanha de 2016, quando o Galo foi vice-campeão goiano. A Francis Melo Assessoria e Gestão Esportiva anunciou em sua fanpage “o fim da colaboração com o Anápolis Futebol Clube”.

“Fora de campo, buscamos resgatar a memória do clube, homenageando os grandes ídolos do passado com o “Galo de Ouro”. Ao mesmo tempo, colocamos o Anápolis em evidência na imprensa nacional com o apoio de grandes nomes do futebol mundial, como Fred, Marcelo Moreno, Léo Moura, Rafael Marques, Rodrigo Caetano, Vinícius Eutrópio, entre outros”, explica a nota.

A nota finaliza apresentando a relevância que o time teve para a empresa, expressa a importância da torcida e expõe a gratidão a pessoas que fazem o dia-a-dia do Galo acontecer. “Ficamos conhecidos pela frase “bem-vindo à Cidade do Galo”. Hoje, nos despedimos com a certeza de que valeu a pena a parceria com o único campeão goiano do terreiro. ObriGALO!”, finaliza a nota.

Em campo

O atacante Régis teve seu contrato rescindido pela diretoria do Anápolis, o que foi o começo para uma série de novas alterações incontáveis para colocar o Galo nos eixos. O atacante Quirino também saiu, pedindo sua rescisão. E tantos outros vêm e vão em um clube vice-campeão goiano que tem dificuldades para entrar nos eixos.

O zagueiro Marlon, que passou pelo Náutico e Flamengo, foi contratado. Um outro nome é o lateral esquerdo Izaldo, que atuou no Náutico também. O meio-campista Rafael Pernão, que veio das categorias de base do Fluminense, é um dos reforços que chega para ajudar o time.

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