Gomide cobra investimentos do Estado na Saúde, após publicação sobre cenário desolador

O vereador Antônio Gomide (PT) usou o plenário da Câmara Municipal para comentar a reportagem do jornal O Popular do último final de semana que tratou das obras paralisadas e inacabadas na área da Saúde em Goiás. Classificada como “Saúde ao relento”, a publicação traça um Raio X das obras mais relevantes que já ultrapassaram os prazos de entrega. Algumas delas superam 17 anos de construção.

“A reportagem mostra algumas obras de algumas unidades de saúde que estão paralisadas ou abandonada. Quem perde é a população que deveria ser assistida”, afirmou Gomide. O vereador lembrou que as unidades do AME – Ambulatório Médico de Especialidades, em cidades como Formosa e Goiás estão paralisadas, mas que estava prevista uma unidade em Anápolis. “Esta sequer foi considerada pela reportagem porque nem começou ainda”, disse. “Grande parte das obras nem mesmo chegaram a 50% da sua conclusão”, complementou.

Um dos absurdos desta falta de compromisso está em Santo Antônio do Descoberto. Lá, a obra do hospital é de 2004, ou seja, tem 17 anos de promessas que vão sendo renovadas e proteladas e renovada novamente. E, com certeza, vão prometer novamente no ano que vem”, disse.

“Este cenário mostra o quanto o Governo de Goiás está investindo na Saúde. Porque se temos isto como resposta, onde a população está sendo atendida?”, questiona.

 

Aplicação

O vereador destaca que os “desassistidos vem para Anápolis buscar tratamento”. “Nós, em Anápolis, estamos aplicando na Saúde, quem não aplica é o Estado. Afinal, enquanto fizemos isso UPA, Cais Mulher, Vila União, qual foi o investimento do Estado na Saúde de Anápolis”? – indaga o petista.

“A lei manda que se invista 15%, nos últimos anos fomos além do necessário e nunca investimos menos que 20%. Se não fizermos, nos tornamos como gestor facilmente inelegível. Eu nunca vi um governador responder porque não investe os 12% previstos em lei”, compara o ex-prefeito.

Segundo o parlamentar, existe um desvio de função ao evitar o investimento nas obras públicas e apostar nas Organizações Sociais, as OSs. “Ao invés de investir na Saúde Pública, no SUS, investe dinheiro na Organizações Sociais. Querem dar uma cara de hospital particular ao serviço público. Isto porque, se concluir as obras, terá de gastar mais com equipamento, com servidores, com manutenção. Mas é isto que faz a Saúde ser Pública, Gratuita e para todos”, conclui.

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