Gomide cobra pagamento a professores da rede municipal de dobras e extras, cortadas em Março

O vereador Antônio Gomide usou a tribuna da Câmara no grande expediente da sessão desta terça-feira (03) para defender os professores da rede municipal de Anápolis. O parlamentar cobrou o pagamento imediato aos professores da rede que realizaram ao longo do mês de março o chamada “dobra” no horário de trabalho. No entanto, este pagamento não foi realizado, ficando somente para o mês seguinte. O anúncio de que as dobras não seriam pagas só foi feito em um decreto publicado no dia 19 de março, quando grande parte das dobras já tinha sido realizada.

“Ontem me reuni com os professores da rede municipal. Dezenas deles neste mês de março não receberam o devido em relação ao trabalho feitos em suas dobras e substituições. Infelizmente não tiveram seus proventos depositados. Existe uma grande reclamação por parte destes professores e professoras. Entendemos que o compromisso do poder público municipal é cumprir com o acordado, uma vez que eles fizeram a parte deles no que foi combinado. O corte veio por decreto e os professores ficaram sem o dinheiro que contavam receber”, narrou o parlamentar.

O vereador cobrou também pela publicação do edital para o concurso público para a Educação a fim de não gerar prejuízo aos alunos de ficarem sem professor, uma vez que as dobras foram suspensas. “Se a intenção é não pagar mais, que sejam chamados novos profissionais”, completou.

Questionado pelo líder do prefeito, Jakson Charles, de que a informação não era verdadeira, Gomide rebateu. “Confio muito nos professores que me fizeram o relato. Eles têm credibilidade nas informações que repassaram. Em outras oportunidades eles receberam corretamente e não houve qualquer problema”, afirmou.

Insatisfação

O vereador Jean Carlos (PTB) revelou que também foi procurado pelos professores e informa que manteve conversa com o secretário de Educação, Alex Martins. “Não era a hora de mudar esta rotina administrativa, se tivesse de fazer, que fosse no início do ano. Mas mudar no meio do mês, eu discordo. Precisamos de uma posição mais clara porque os professores ficaram insatisfeitos”, explicou.

“É preciso criar uma forma correta para não colocar os professores numa condição de insegurança. Defendo que, quem fez a dobra, que se pague dentro do mês. Não acredito que pagar isto vá criar um prejuízo aos cofres públicos”, defendeu.

“O senhor que é servidor sabe muito bem que o trabalhador não aceita qualquer mudança no meio do trabalho. Nenhum de nós aceita. Faltou diálogo, informação e esclarecimento do secretário junto aos professores. Mas avisar no dia 20 de março que não precisa mais fazer as dobras, então que se pague o mês que já foi feito”, concordou Gomide com a fala de Jean.

Já a professora Geli Sanches relatou que “no mês de fevereiro, eles receberam. Mas em março, saiu um decreto do dia 19, afirmando que só será pago no mês que vem. Mas a lei diz o contrário: que seja pago dentro do mês, como aconteceu em fevereiro”, resumiu.

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