Gomide pede união de Anápolis contra mudanças na lei de incentivos fiscais e faz alerta pela proteção de empregos e arrecadação

Vereador em Anápolis e deputado estadual eleito, Antônio Gomide (PT) usou o grande expediente da Câmara Municipal na sessão plenária desta segunda-feira (03) para alertar sobre o risco que a cidade corre na sua Economia com a proposta de alteração de lei dos incentivos fiscais, proposto pelo governo eleito de Ronaldo Caiado (DEM).

O alerta é, sobretudo, quanto ao risco de perda de empregos em massa por conta das demissões nas indústrias. As empresas ameaçam até mesmo fechar as portas e mudarem suas plantas industriais para outros estados.

“As mudanças propostas vão afetar diretamente os parques industriais de Anápolis, de Catalão e de Aparecida. Há um risco de uma crise de emprego, principalmente em nossa cidade”, destacou Gomide, citando entrevista de Carlos Alberto de Oliveira, proprietário da CAOA-Hyundai. O industrial afirma que, se houve alteração na lei de incentivo fiscal, ele deverá fechar as portas em Anápolis e mudar sua empresa de Estado.

“As pessoas às vezes pensam que mexer numa lei como esta é algo simples, que entrar nesta questão é aumentar a receita do Estado e só. Mas nós temos em Goiás, há 30 anos, o Fomentar e o Produzir que serviram para lançar Goiás no cenário nacional da industrialização. Foi através destes programas que conseguimos atrair empresas. Antes, as indústrias buscaram São Paulo e Minas Gerais”, discursou.

Gomide enalteceu os resultados obtidos para Goiás por conta desta política de incentivos, que o governo Caiado pretende retirar parcialmente em nova lei a ser apreciada na Assembleia Legislativa. “Foi desta forma que Goiás conseguiu chegar à 7ª posição em industrialização do País. Foi pelo Fomentar e, depois, o Produzir, que fez com que Goiás tivesse mais de 15 mil industrias. É o nono maior PIB do Brasil”, completou.

 

Anápolis

O parlamentar fez uma citação específica sobre a cidade. Para ele, é a cidade “que mais vai perder” se alterarem a lei que prevê a revisão fiscal das empresas. Gomide convoca a manifestação dos poderes constituídos e, ainda, dos representantes do setor para criar uma frente em defesa da cidade, evitando a saída das empresas do município.

“Qual a movimentação das autoridades, das federações, associações, Poderes Legislativo e Executivo para impedir isso? Temos de nos unir e apresentar uma contraproposta. Em um momento de crise que estamos vivendo, de tantas mudanças no eixo do poder, arriscar a fechar empresas, como a Hyundai em Anápolis e a Mitsubishi em Catalão me parece improprio. Precisamos fazer este debate à luz do dia, junto com o Governo eleito, com clareza, com transparência”, propõe.

Antônio Gomide visitou a Adial na semana passada e aferiu que há uma divergência entre os dados econômicos que a Adial da realidade financeira do Estado e ao que foi apresentado pela comissão de transição do novo governo. “Na Adial, os dados econômicos apresentados são muito diferentes. Se não tem um diagnóstico preciso, como vão alterar a lei se não há consenso no tamanho do buraco do Estado”?, questiona o parlamentar, que se comprometeu a seguir acompanhando o projeto e o debate.

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