Governo Bolsonaro: quem são os ministros e outros nomes já confirmados

Com 10 nomes anunciados até agora, Jair Bolsonaro (PSL) já está com pelo menos metade do ministério do futuro governo definida. O presidente eleito afirmou que pretende anunciar todo o primeiro escalão até o fim de novembro.

Embora tenha prometido na campanha que reduziria a quantidade de pastas para 15 — atualmente 29 têm status de ministério —, nas últimas semanas Bolsonaro já admitiu que poderá ter até 18 ministros a partir de 1º de janeiro de 2019.

Casa Civil

Onyx Lorenzoni

Fernando Frazão / Agência Brasil

Deputado federal eleito para o quinto mandato, Onyx recebeu mais de 183 mil votos neste ano, o segundo mais votado do Rio Grande do Sul. Aos 64 anos, é médico veterinário e sócio de um hospital veterinário em Porto Alegre. Apesar de o DEM não pertencer à aliança de Bolsonaro, Onyx apoiou o capitão desde o início da campanha e foi escolhido como ministro extraordinário da transição.

Economia

Paulo Guedes

Reprodução / Twitter

Coordenador do plano econômico, é chamado de Posto Ipiranga pelo presidente eleito, em referência a um comercial de TV que aponta o estabelecimento como resposta para todas as demandas. Ficará à frente de um suérministério que vai agrupar à Economia a Fazenda, o Planejamento e o Programa de Parceria de Investimentos. Guedes tem 69 anos e um dos fundadores do Banco Pactual e do grupo BR Investimentos, hoje parte da Bozano Investimentos.

Justiça e Segurança Pública 

Sergio Moro

MAURO PIMENTEL / AFP
MAURO PIMENTEL / AFP

Natural de Maringá (PR), além de magistrado, é escritor e professor universitário. Graduado em Direito, tem mestrado e doutorado e é juiz federal desde 1996. Moro ficou famoso por liderar os julgamentos da Lava-Jato e condenar em primeira instância o ex-presidente Lula. No futuro governo, liderará um dos superminitérios, responsável por duas das mais importantes pastas.

Ciência e Tecnologia

Marcos Pontes

Tadeu Vilani / Agencia RBS
Tadeu Vilani / Agencia RBS

Primeiro sul-americano a ir para o espaço, Pontes, 55 anos, será um dos militares que integrarão o primeiro escalão de Bolsonaro. Ex-piloto de caça, é mestre em engenharia de sistemas. Em 2014, se candidatou a deputado estadual em São Paulo, mas não se elegeu. Filiado ao PSL, Pontes chegou a ser sondado como vice na chapa do capitão reformado.

Gabinete de Segurança Institucional

General Heleno

LUIS HIDALGO / AFP

General quatro estrelas, a mais alta graduação do Exército, Augusto Heleno Ribeiro Pereira tem 70 anos e está na reserva depois de atuar por 44 anos nas Forças Armadas. Filiado ao PRP, chegou a ser cogitado para ser vice na chapa do capitão da reserva, possibilidade rechaçada por seu partido, o que fez o militar pedir a desfiliação da sigla. Foi chefe do Comando Militar da Amazônia, de 2007 e 2009.

Agricultura

Tereza Cristina

Reprodução / Tereza Cristina Twitter
Reprodução / Tereza Cristina Twitter

Primeira mulher escolhida para o primeiro escalão, Tereza Cristina, 64 anos, é engenheira agrônoma e produtora de soja em Mato Grosso do Sul. Foi secretária estdual e, neste ano, reelegeu-se deputada federal pelo MS. Se consolidou como das lideranças da bancada ruralista no Congresso, onde assumiu a presidência da Frente Parlamentar da Agropecuária.

Defesa

General Fernando Azevedo e Silva

José Cruz / Arquivo Agência Brasil

Ex-chefe do Estado Maior do Exército, Azevedo foi indicado pelo comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, em setembro, como assessor do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, de quem recebeu eologios. O primeiro nome cotado para o Ministério era o do general Augusto Heleno, que acabou sendo indicado por Bolsonaro para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Relações Exteriores

Ernesto Araújo

Valter Campanato / Agência Brasil

Ernesto Henrique Fraga Araújo ocupava o cargo de diretor do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos na gestão do chanceler Aloysio Nunes Ferreira. Durante a campanha, causou polêmica por manter um blog no qual fazia campanha para Bolsonaro, então candidato, chamando o PT de “Partido Terrorista”.

Controladoria-Geral da União

Wagner Rosário

José Cruz / Agência Brasil

Wagner de Campos Rosário continuará à frente da CGU no futuro governo. Natural de Juiz de Fora (MG), tem 42 anos e é auditor Federal de Finanças e Controle desde 2009. Tornou-se o primeiro servidor de carreira da CGU a assumir o cargo de secretário-executivo e ministro da pasta, em junho do ano passado. Antes de ingressar no órgão, ele integrou o Exército, chegando ao posto de capitão.

Saúde

Mandetta

Valter Campanato / Agência Brasil

Médico e ex-secretário de Saúde de Campo Grande (MS), Luiz Henrique Mandetta (DEM) está no segundo mandato de deputado federal e não disputou as eleições deste ano. É investigado por suposta fraude em licitação, tráfico de influência e caixa 2 no período no qual foi secretário.

Educação

Ricardo Vélez Rodríguez

Ricardo Vélez Rodríguez é indicado para o Ministério da Educação no governo de Jair Bolsonaro
Filósofo é professor emérito da Escola de Comando e Estado Maior do Exército, Ricardo Vélez Rodríguez assumirá o Ministério da Educação.
Secretaria de Governo
Carlos Alberto dos Santos Cruz
Carlos Alberto do Santos Cruz é o quarto militar indicado por Bolsonaro para integrar seu futuro governo
OUTROS NOMES

Banco Central

Roberto Campos Neto

Ascom / Divulgação

Atual responsável pela tesouraria do Santander, Campos irá substituir Ilan Goldfajn na presidência do Banco Central — que não terá mais status de ministério no próximo governo. Para assumir o posto, ele terá que responder à sabatina da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e ter seu nome referendado pelo plenário da Casa.

Petrobras

Castello Branco

AFP / AFP

Visto como homem de confiança de Paulo Guedes, Roberto Castello Branco tem pós-doutorado pela Universidade de Chicago e extensa experiência nos setores público e privado, tendo ocupado cargos de direção no Banco Central e na mineradora Vale. Também fez parte do Conselho de Administração da Petrobras.

Polícia Federal

Maurício Valeixo 

DENIS FERREIRA NETTO / ESTADÃO CONTEÚDO

Atual superintendente da PF no Paraná, Maucício Valeixo participou diretamente das investigações da Lava-Jato, na qual estreitou seus laços com o titular da pasta à qual será subordinado, Sergio Moro. Antes de ingressar na PF, foi delegado da Polícia Civil paranaense e é tido como um especialista em combate ao crime organizado.

Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DCRI) 

 Érika Marena

Diorgenes Pandini / Diário Catarinense

Delegada da Polícia Federal, Érika Marena trabalhou em investigações famosas, como a do Banestado e a Lava-Jato. Recentemente, foi criticada na investigação de desvios de dinheiro na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O então reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier, cometeu suicídio em um shopping após ser preso temporariamente.

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