A matéria de capa de O Popular desta quarta-feira (28) afirma que o Estado está separando detentos em Goiás ligados a facções criminosas para os presídios estaduais recém-inaugurados. Para Anápolis, a reportagem afirma que estão sendo transferidos presos da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). Para Formosa, estariam sendo transferidos presos da facção carioca Comando Vermelho (CV).
A publicação sugeriu que a ideia da medida veio após o massacre na Colônia Agroindustrial de Regime Semiaberto no primeiro dia do ano, quando nove detentos foram mortos no local. A partir daí, a reportagem afirma que a Diretoria de Administração Penitenciária (DGAP) anunciou que detentos de maior periculosidade seriam transferidos para as cinco unidades que estavam em construção. Anápolis e Formosa foram as inauguradas até agora.
Colocar as lideranças das facções rivais em municípios diferentes foi uma maneira de impedir novas brigas e mortes dentro dos presídios, explica o titular da DGAP, coronel Edson Costa. “A maioria das rebeliões que estão acontecendo é muito mais uma questão de guerra entre facções do que para tentar fugir ou atentar contra o Estado. É muito mais de vingança e controle do tráfico”, sustenta.
Com isso, a DGAP dá a entender que a metodologia defendida pelo órgão quando justifica as transferências, pode ser, de fato, a apontada pela reportagem: a de separar facções rivais. Enquanto isso, o Presídio Estadual de Anápolis não recebeu nenhum detento de Anápolis e a Cadeia Pública segue superlotada.
