O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin é investigado por ter supostamente recebido R$ 10,8 milhões da empreiteira Odebrecht, através de seu cunhado, entre os anos de 2010 e 2014. O processo, no entanto, não andou pela Força-Tarefa de Curitiba porque até a última sexta-feira (06) Alckmin tinha foro privilegiado, que lhe foi retirado ao renunciar ao mandato.
O Ministério Público Federal então solicitou que toda a documentação fosse enviada pela Procuradoria Geral da República para os responsáveis pela Operação Lava Jato. O pedido foi feito em regime de urgência. No entanto, a PGR apresentou resistência e não quer que Geraldo Alckmin seja investigado como, por exemplo, foi o ex-presidente Lula.
A alegação da PGR é que Alckmin seja investigado pela Justiça Federal. O argumento foi apresentado em um pedido assinado pelo vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz, e enviado ao Superior Tribunal de Justiça para que o impedimento seja formalizado. Se aprovado, Alckmin não será investigado pela equipe de Sérgio Moro.
Além de Geraldo Alckmin, mais 12 outras pessoas estão envolvidas no processo. O pedido será julgado pela ministra Nacy Andrighi.