Morte de jovem atendido pelo Hospital Municipal será investigada pela Polícia

Lucas Ferreira do Nascimento morreu após ficar dias internado. Ele passou por procedimento cirúrgico  por conta de uma fratura no pulso esquerdo, mas após a intervenção, começou a ter complicações que resultaram em sua morte. Corpo do garoto foi sepultado na tarde deste feriado

Informações repassadas na tarde desta quarta-feira (15) por uma pessoa ligada à família do adolescente Lucas Ferreira do Nascimento que faleceu nesta terça-feira (14), dias depois de receber atendimento e ficar internado no Hospital Municipal Jamel Cecílio, dão conta de que a mãe do garoto já foi à delegacia pedir que a morte de Lucas seja investigada. Sob forte comoção, o corpo do jovem foi sepultado no Cemitério São Miguel na tarde deste feriado.

Uma multidão acompanhou o sepultamento do jovem no Cemitério São Miguel

Os últimos dias do garoto foram narrados por essa fonte que preferiu não ser identificada. Segundo ela, no último dia 7, Lucas fraturou o pulso esquerdo enquanto brincava na escola onde estudava e que no dia seguinte, ele passou por procedimento no Hospital Municipal. De acordo com os relatos, as complicações vieram na noite deste mesmo dia em casa quando o garoto queixou de dores nos pés. Na quinta-feira, 9, o jovem apresentou paralisia da perna direita. No sábado, 11, ele não sentia os movimentos da cintura para baixo, sendo internado no hospital no domingo, 12.

O quadro de Lucas piorou na segunda-feira, 13, quando foi então à Santa Casa fazer exames. Essa saída para exames foi provocada pela pressão da família. “Se não tivéssemos ficado em cima, não teria acontecido”, disse a fonte. Quem detectou o quadro infeccioso do garoto foi um médico infectologista que foi exclusivamente ver o quadro do garoto no Municipal. “Foi quando o médico detectou a infecção generalizada, que ele solicitou a internação dele na UTI. A vaga foi captada, transferido, mas ele não resistiu”, acrescentou.

A fonte reforça que todas as complicações vieram após esse procedimento cirúrgico com uso de anestesia. “A paralisia é um fato. A infecção é outro”, definiu. Ela disse que em nenhum momento a família recebeu informações do hospital nem sobre a paralisia nem sobre a infecção. O laudo da morte prestado pelo IML sugere ‘morte a esclarecer’.

Erro

Na opinião dessa fonte, houve erro por parte dos profissionais que atenderam o garoto. “Porque ele estava bem, passou por um procedimento simples no qual foi anestesiado. Depois disso que vieram as complicações”, afirmou, dizendo ainda que não tem informação de quem teria aplicado essa anestesia. “Tenho informações de terceiros de que não foi um anestesista, mas não sei se é verdade. Especula-se. Na verdade, todo mundo sabe ao certo o que aconteceu, mas ninguém quis falar”, acrescentou.

Nos próximos dias, os pais de Lucas devem retornar à delegacia para prestar maiores esclarecimentos à Polícia Civil. “A mãe quer justiça. Quer saber, de fato, o que fez com que o Lucas morresse”, finalizou a fonte. Os pais do garoto irão retornar à delegacia a pedido do delegado.

Resposta

A Polícia Civil disse que vai espera o resultado de alguns exames para instruir o inquérito. À TV Anhanguera, a Secretaria Municipal de Saúde disse que enquanto o paciente esteve no Hospital Municipal, ele foi assistido por infectologista, clínico geral, ortopedista, mas que agora aguarda resultado de exames para definir qual foi a causa da morte do adolescente.

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