MP deflagra operação que investiga desvio de recursos da obra do Anel Viário, em Anápolis

O Ministério Público de Goiás, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Centro de Inteligência, deflagraram na manhã de hoje a Operação Propinoduto. A ação teve apoio da Polícia Militar, do Gaeco de Campinas (SP) e da Coordenação de Apoio Técnico Pericial (Catep).

Os promotores de Justiça investigam o desvio do dinheiro público destinado à obra do anel viário que liga a BR-060 ao Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia). Segundo o MP-GO, há indícios de superfaturamento, fraude nas medições e pagamento de propina em favor de agentes públicos. Um relatório dos peritos em engenharia do órgão estima que o valor do desvio na obra supera R$ 3 milhões.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Goiás e em São Paulo, nas sedes das empreiteiras e da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), sociedade de economia mista estadual responsável pelas obras nos distritos industriais.

Além da busca e apreensão, a 5ª Vara Criminal da Comarca de Anápolis determinou a paralisação da obra até que os peritos da Catep encerrem os trabalhos técnicos de avaliação estrutural do anel viário.

Mandados cumpridos

Foram cumpridos ao todo seis mandados de busca e apreensão em endereços da Codego e da empreiteira. Dois foram realizados em Goiânia (um na sede da Codego outro no escritório da empreiteira) e três em Anápolis (um no canteiro das obras, um segundo na administração da Codego no Daia e outro na sede da construtora na cidade).

O último foi cumprido na matriz da empreiteira, localizada na cidade de Itatiba, em São Paulo.

Na 5ª vara criminal de Anápolis, que determinou a paralisação da obra, a informação é que o processo corre em sigilo.

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