MPF pede na justiça suspensão do curso ‘O golpe de 2016’, da UFG

O Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) entrou com uma ação civil pública, na quinta-feira (19), pedindo que a Universidade Federal de Goiás (UFG) suspenda o curso de extensão que trata o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como “Golpe de 2016”. O MPF alega que a atividade é feita sob um ponto de vista “monocular”, sem “contemplar a amplitude da reflexão e do debate necessários”.

A assessoria de comunicação da UFG informou, por meio de nota, que “ainda não foi notificada sobre a ação civil pública acerca da disciplina”. Ainda conforme o texto, a universidade afirma que “assim que for notificada e tomar conhecimento do teor do processo, prestará todos os esclarecimentos necessários”.

No documento do MPF, consta que o reitor Edward Madureira Brasil e a vice-reitora, Sandramara Martins Chaves, informaram aos procuradores que o curso se tratava de uma “resposta” da universidade ao fato do ministro da Educação, Mendonça Filho, ter pedido a suspensão da disciplina “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”, ministrada pela Universidade de Brasília (UnB).

“O curso não foi criado com a finalidade de, verdadeiramente, refletir a respeito da conjuntura sócio-política atual, mas como uma resposta política das universidades contra aquilo que entendem ser uma violação à autonomia universitária cometida pelo Ministro de Estado da Educação”, informa o documento.

Conforme o texto, caso a UFG deixe de suspender o curso, deverá pagar multa diária de R$ 5 mil, ou R$ 10 mil, caso promova outros cursos ou eventos aos moldes do evento em questão.

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