Nem mesmo referências do Agronegócio aprovam fusão de ministérios da Agricultura e Meio Ambiente

Entre os ex-ministros da Agricultura e do Meio Ambiente, há, pela primeira vez um curioso consenso: a fusão entre as duas pastas não poderá trazes benefícios nem para um e nem para o outro setor. A medida foi anunciada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, através de sua equipe de transição.

O arremate da questão foi feito depois de um vai-e-vem de anúncios. A primeira informação já informava a fusão. Depois veio a negação da informação sob a forma de um recuo. E, por fim, a mais atual dá conta de que, neste momento, a intenção do presidente eleito é de fundir as duas pastas que, por definição de atuação, possuem conflitos de interesses históricos.

Referência mundial do agronegócio, o atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi, lamentou a decisão do presidente eleito. Na nota, Maggi afirma que a fusão “trará prejuízos ao agronegócio brasileiro, muito cobrado pelos países da Europa pela preservação do meio ambiente”. O ministro está nos Emirados Árabes, onde participa da exposição Agrispape.

Já em nota assinada pelo ministro Edson Duarte, responsável pelo Meio Ambiente, os dois ministérios são de “imensa relevância nacional e internacional e têm agendas próprias”, e a fusão poderia resultar “em danos para as duas agendas”.

 

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