No sexto dia seguido em que policiais militares do Espirito Santo não trabalham na região da grande Vitória, mais uma reunião entre o governo e manifestantes para tentar por fim à situação foi realizada. Eram mais de 1 da manhã desta sexta-feira, 10, a portas fechadas na noite desta quinta, 9, mas o encontro terminou, novamente, sem acordo.
Desde o último sábado, 4, policiais estão impedidos de sair às ruas por conta de diversos protestos de grupos de mulheres e familiares dos policiais que bloqueiam as saídas dos batalhões de diversas cidades.
O movimento reivindica reajuste salarial dos policiais que não acontece há sete anos e o pagamento de auxílio-alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno.
Nenhum policial militar participa do protesto, já que são proibidos pelo Código Penal Militar de fazer greves ou paralisações, mas eles têm respeitado a decisão de não sair às ruas impostas pelas mulheres e manifestantes. Mesmo assim, o protesto foi considerado ilegal pela Justiça.
O resultado da falta de policiamento nas ruas é o terror. Sem homens na rua, o número de assassinatos passou dos 100, sem contar os saques feitos a lojas que já apresentam número indiscriminado. Mais homens do Exército, Marinha e da Força Nacional foram deslocados para a região. Agora, a expectativa é que eles somem mais de três mil que tentam fazer a segurança da região.
