Duas pessoas já foram presas na operação Anzol sem Ponta realizada, nesta terça-feira (22) em Goiás e Minas Gerais. A ação da Polícia Federal (PF) visa coibir fraudes na concessão do Seguro-Desemprego do Pescador Artesanal, conhecido popularmente como “Seguro-Defeso”. O prejuízo aos cofres públicos ultrapassa R$ 500 mil. Entre os envolvidos estão políticos, informou a PF.
Segundo a PF, serão cumpridos 49 mandados judiciais, sendo 3 de prisão temporária e 46 de busca e apreensão nas cidades de Itumbiara e Cachoeira Dourada (GO); e Centralina e Uberlândia (MG). Um vereador de Cachoeira Dourada estaria entre os envolvidos, mas ele estaria em Brasília passando por uma cirurgia.
O seguro é pago em período de suspensão da pesca, como na piracema, quando os peixes estão se reproduzindo. De acordo com PRF, as investigações começaram em 2016 e apontaram que pessoas jurídicas, associações e até mesmo colônia de pescadores estavam fornecendo informações falsas, documentos e registrando pessoas que não praticam esta atividade em troca de votos. Os envolvidos serão indiciados por associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva.
Ainda de acordo com a PF, a operação recebeu este nome, pois anzol sem ponta não existe e, se existisse, seria utilizado por quem não é pescador. (O Popular)
