Policias e bombeiros militares se mobilizam contra retirada de direitos

Presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia e Bombeiros Militar de Goiás (Assego), subtenente da PM Luís Cláudio Coelho de Jesus vê danos irreparáveis caso os itens que atingem a categoria sejam aprovadas através do pacote do governo enviado para a Assembleia

O presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia e Bombeiros Militar de Goiás (Assego), subtenente da PM Luís Cláudio Coelho de Jesus, disse que a categoria está efetivamente mobilizada contra as alterações que serão impostas à categoria dos policiais e bombeiros militares caso o pacote do governo que prevê limite de gastos por 10 anos em Goiás seja aprovado pela Assembleia. As declarações foram feitas no programa matinal da Rádio São Francisco nesta terça-feira, 21.

Segundo o subtenente, a principal preocupação é em relação às promoções de praças e oficiais militares. “Querem suprimir esse direito que com muito suor foi conquistado pela classe”, enfatizou. Ele disse que os homens da corporação necessitam de estímulos para desempenhar o papel nas ruas e que são justamente as promoções que seguram essa ideia. “Se o governo não recuar da proposta a sociedade goiana vai ficar sem cerca de 4500 homens nos próximos meses”, alertou Luiz Cláudio, mencionado que toda a classe está inquieta com as pretensões do governo. Também estão na pauta a não realização de concursos públicos e congelamentos de salários pelos próximos 10 anos.

Sobre a possibilidade das propostas passarem na Assembleia, o subtenente lamenta. “Por conta da ampla maioria, tudo que o governo manda passa como um rolo compressor”, reconhece, mas ele disse que a categoria apresentou nova proposta para que direitos conquistados não sejam excluídos. “Estamos esperando a resposta do governo porque caso sejam aprovadas do jeito que estão, danos irreparáveis para os militares e para a sociedade goiana serão trazidos”, citou.

O subtenente finalizou dizendo que o acordo que assegura esses direitos foi elaborado em assembleia da categoria do último dia 15. Caso não seja acolhido, ele disse que não tem nenhuma dificuldade de realizar nova assembleia, visto que toda a categoria está empenhada. “Não falamos em greve, mas não está descartada, caso o governo não se sensibilize, uma nova assembleia para que a tropa decida os rumos da negociação”, finalizou.

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