Prefeitura cede a pressão de Sindicato e mães de alunos e suspende processo de terceirização

A pressão foi grande. Foram manifestações na porta de algumas unidades conveniadas promovidas por mães de alunos da rede municipal e, depois, o anúncio do Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Ensino – Sinpma – que havia anunciado uma paralisação dos professores da rede marcada para a próxima quarta-feira, 30. Tudo isto por conta da manifestação de intenção do prefeito em mudar o sistema de administração das instituições conveniadas com a Prefeitura de Anápolis. A ideia era criar uma terceirização através de um sistema denominado “voucher”. Com a instabilidade criada e o temor pela falta de convicção política em promover este debate, o gabinete municipal anunciou aos professores que suspendeu a ideia de realizar as alterações.

Na reunião que decidiu a manifestação, a presidente do Sinpma, Márcia Abdala, afirmou que a desistência do prefeito era somente um recuo para promover tais alterações para esse segundo semestre, mas que o assunto não estava sepultado. Então, por isto, o sindicato iria se mobilizar. Com a informação de que a terceirização foi banida depois que o prefeito recuou, o protesto também ficou suspenso. Mas pode voltar, caso o tema seja novamente insistido dentro da gestão municipal.

Calma, líder

“Quero contribuir com as discussões e com o prefeito. O senhor precisa agregar e não espalhar”, disparou Teles Jr. para o líder do prefeito, Jakson Charles que entrou em rota de colisão e, destemperado, atacou opiniões contrárias à sua defesa dos projetos do Executivo.

Pela Culatra 1

Elinner Rosa, líder do PMDB, fez um desabafo em forma de indireta na Câmara. A parlamentar reclamou o fato de vereadores usarem o plenário para pedir ajuda para casos específicos na área de Saúde. Ela defende que haja uma defesa ampla, generalizada.

Pela Culatra 2

Diversos vereadores, no entanto, foram de encontro à fala de Elinner e destacaram o fato de serem recorrentemente serem procurados por famílias em busca de ajuda dos vereadores. O consenso é que os edis não podem dar as costas para os pedidos específicos de quem os procura nos gabinetes.

No ninho

Presidente do PSDB, o vereador Elias Ferreira cobrou a instalação de um Credeq em Anápolis. “A cidade é importante, é grande e merecemos um. Não vamos abrir mão disto”, disse o tucano que afirmou ir ao governador atrás do projeto.

Paradoxo

A crise de prioridades no Governo de Goiás tem gerado distorções entre as pastas. Na mesma semana em que o Governo de Goiás aumentou à ordem de 25% as verbas com viagens, ganharam as manchetes o fato de a Secretaria de Segurança Pública estar em falta papel para fazer novos documentos de Identidade.

Saúde doente

Segundo dados do Conselho Municipal de Saúde, Anápolis perdeu receita na atenção básica por conta das equipes incompletas. O prejuízo pode ter chegado a R$ 60 mil por mês por ter os Núcleos de Atendimento da Saúde da Família com número menor de profissionais da área da saúde do que o especificado. Os dados ainda apontam que a Atenção Básica está caindo a cobertura para abaixo de 40% por conta desta ausência.

Amarrado

Isto acontece porque o decreto administrativo que proíbe a contratação de novos servidores tem impedido que haja a reposição de profissionais que têm contrato temporário. Mensalmente, muitos agentes de Saúde deixam a gestão para assumir outros postos e, por conta do decreto, não são repostos.

Premonição, não

Pastor Elias Ferreira, presidente do PSDB e vereador em Anápolis que afirmou ter tido “um sonho” sobre a Pecuária, avisou na última semana: “Não sou vidente”. “Vocês precisam me compreender melhor”, pediu aos colegas vereadores. O parlamentar disse não ser contra a Festa Pecuária da cidade.

De fora

O anapolino Victor Hugo Queiroz deixou a pasta da Industria e Comércio do Estado de Goiás. A alegação feita ao governador Marconi Perillo é que sua presença na igreja evangélica que comanda na cidade está sendo reivindicada e Victor, que é pastor, optou pelo chamado da fé.

Retorno

No lugar que Queiroz, quem assume a pasta é o também anapolino Luiz Medeiros. O empresário dirigiu a Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA) e já foi secretário da Indústria e Comércio.

Sem base

A polêmica fala de Domingos Paula dizendo que quem frequenta o Parque Ipiranga durante o dia é preguiçoso repercutiu para além de Anápolis. Mas nem mesmo dentro do PV, partido que lidera, o parlamentar conseguiu apoio. Em grupos de mensagens, Domingos foi reprovado por integrantes da legenda.

Barreira

Uma das comissões que discutem a reforma política na Câmara aprovou na quarta-feira (23) o fim das coligações para eleições proporcionais, a cláusula de barreira e a criação de federações e subfederações de partidos. A proposta já pode ser levada ao plenário da Câmara, onde tem de ser votada em dois turnos.

Vende geral

Pacotão de privatizações proposto pelo Governo Temer deve encontrar resistência política. O objetivo é liquidar empresas e aeroportos e, com isto, arrecadar R$ 44 bilhões.

No fígado

Peemedebista lendário e crítico do grupo de Temer que assumiu o poder, o senador Roberto Requião disparou em sua conta no Twitter que o grupo empresarial que adquirir empresas estatais na atual crise política e econômica nacional está cometendo “crime de receptação”.

Efeito colateral

Um documento vazado da direção da Infraero, responsável pela administração dos aeroportos brasileiros, indicam que ao invés de aumentar a receita, se livrar de aeroportos será um prejuízo à União, na ordem de R$ 3 bilhões.

Mobilização

A população começa a se organizar para promover o embate a mudanças na cidade feitas sem consulta aos grupos interessados. Depois das mães da escola Bethesda barrarem a terceirização da Educação, agora internautas promovem um levante contra a construção de um centro administrativo no parque Ipiranga.

Dia a Dia na Câmara Municipal

Elias Ferreira criticou a Saúde em Anápolis e promete iniciar uma sequência de visitas a diversos postos de Saúde. “A situação está difícil, mas o clamor da cidade hoje é a Saúde”.

Domingos Paula defendeu a presença de um stand da Câmara Municipal na Festa Pecuária de Anápolis. “É importante porque onde andamos somos bem recebidos e por isto precisamos estar lá”, acredita.

Geli Sanches criticou durante a intenção da gestão municipal em promover um processo de terceirização da Educação Municipal sem a realização de debates sobre as políticas públicas do setor.

Jakson Charles, líder do prefeito na Câmara, disse que as medidas sobre a Educação de Anápolis não passam de “rumores e factoides da imprensa”. Charles afirma que o diálogo na Educação está sendo feito com o sindicato.

Lisieux Borges considerou o resultado do programa “Goiás na Frente” como “enganoso”. “Espero estar enganado já que é importante o desenvolvimento do Estado”, avaliou. Borges

Domingos de Paula (PV) evidenciou as falhas do Governo de Goiás em diversos setores, entre eles a Educação. “Em 18 anos, eles não deram conta de construir uma escola na região do Calixtolândia. A última feita tem 15 anos”, denunciou. “O Governo de Goiás na Educação é uma piada”, emendou.

Amilton Filho (SD) parabenizou a atuação de Victor Hugo Queiroz, que deixou a Secretaria de Indústria e Comércio do Estado de Goiás. “Representou bem a cidade de Anápolis, com muita galhardia e competência”, destacou.

João da Luz (PHS) anunciou na última quarta-feira (23) um encontro com a Presidência da Celg. Segundo o vereador, a agenda teve como objetivo defender assunto de interesse do consumidor que, na crise, não têm conseguido pagar as contas de energia em dia.

Lélio Alvarenga (PHS) fez defesa das ações de Saúde no município. Segundo ele, muitas vezes a gestão municipal quer comprar leitos na UTI, mas os hospitais particulares não vendem. “O que pode ser feito”?, questiona o parlamentar que é presidente da Comissão de Saúde na Câmara.

Domingos Paula (PV) pediu um aparte na fala de Alvarenga: “O atendimento na Saúde é referência desde 2009, quando começou a ter um grande avanço”, disse. Paula afirma que a cidade é uma referência regional.

Elias Ferreira (PSDB) quer a criação da Frente Parlamentar de Segurança Pública para, segundo ele, aumentar o poder de cobrança no setor dos poderes municipal, estadual e federal.

Usando a tribuna pelo Grande Expediente, Antônio Gomide destacou o poder popular em se organizar para defender seus interesses. Ele usou como exemplo a força das mães de alunos que, junto com o sindicato, pressionou a gestão municipal a recuar da ideia de terceirizar a Educação Municipal.

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