Presídio é desafio que, novamente, precisa ser enfrentado por Anápolis

Antônio Gomide

A participação do município de Anápolis para a Segurança Pública nunca foi limitada ao discurso e, muito menos, restrita a pequenas ações. Com compromisso e interesse estratégico em resguardar a segurança e o conforto da nossa população, a cidade sempre procurou contribuir positiva e incisivamente para que – no tocante ao alcance municipal – este compromisso de competência do Estado fosse atendido.

Quando tivemos a chance de estar à frente do comando político e administrativo da cidade, fomos à luta. Havia uma demanda reprimida de anos formatada em um discurso condicional do Estado: o Governo de Goiás irá construir um presídio na cidade para atender à histórica superlotação da cadeia pública, desde que o município conceda o terreno.

À frente da Prefeitura, buscamos o espaço ideal, dialogamos com a sociedade a fim de buscar o melhor consenso, desapropriamos o imóvel e repassamos ao Estado ainda no ano de 2010 a fim de viabilizar a execução do projeto. Acreditamos no poder das parcerias para além das limitações das atribuições legais acerca de qual ente público é responsável por qual ação. Se o interesse era – como é – de Anápolis, precisávamos nos mobilizar e fazer acontecer.

Perto de sua entrega, o imóvel – que havia passado por diversas paralisações e processos licitatórios – foi ocupado para a surpresa de todos, nós, anapolinos. Por ocasião de uma rebelião no presídio de Aparecida, Anápolis funcionou como um refugo humano, através de um imóvel inacabado.

A gravidade da situação é conhecida por todos os anapolinos. Não somente por agentes públicos e autoridades ligadas à segurança e à espera política municipal: todos os anapolinos reconhecem na arbitrariedade da transferência realizada à sombra da madrugada como um ato grave de desrespeito com Anápolis.

Portanto, é novamente chegado o momento de repetirmos a mesma postura que nos permitiu conquistas ainda maiores. Nós, anapolinos, somos convocados a atuar em favor da Segurança Pública da cidade. E a melhor forma de fazer isto é não deixando que a transferências de presos de Goiânia para Anápolis caia no esquecimento ou na rotina.

É sabido que agentes políticos têm o interesse estratégico em naturalizar permanência destes presos, importando de vez um problema que pertence à capital e mantendo sem resolução o problema que lutamos para revolver há anos: a nossa superlotação.

Desta forma, é necessária a união das forças e das autoridades de toda a sorte que atuam em defesa da soberania e da qualidade de vida de Anápolis com o objetivo de manter o problema no foco das discussões, cobrando por soluções que permitam que dentro do prazo máximo estipulado pela Justiça de 25 de agosto, o presídio construído em parceria com o município seja esvaziado.

Que seja possível retomar a conclusão de suas obras, que seja feita manutenção do que foi danificado – a cada dia uma série de novas informações dão conta de que a unidade sofreu avarias – e que possamos promover a transferência dos presos da cadeia pública municipal, desafogando a condição subumana de superlotação.

Somente desta maneira daremos um passo importante para a conquista de mais tranquilidade para a nossa gente em termos de Segurança Pública. É dever de todo agente público, de líderes classistas e de representantes da cidade na esfera estadual em defender os interesses de Anápolis. Nós estamos cumprindo a nossa missão de vereador na fiscalização das ações em desenvolvimento. Da mesma forma, nos alinhamos ao Judiciário na luta pela devolução da normalidade da nossa cidade.

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