Presos ficarão em Anápolis por mais 60 dias, defende superintendente da SSAP

A permanência dos detentos de Aparecida de Goiânia que estão acomodados no novo presídio de Anápolis desde o último dia 23 de fevereiro vai durar, pelo menos, por mais 60 dias. É o que defende o superintendente executivo de Administração Penitenciária da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária, Victor Dragalzew. “Vamos solicitar este prazo à Justiça”, disse.

A afirmação foi feita na sessão especial da Câmara Municipal que reuniu grande parte dos vereadores, o delegado regional da Polícia Civil, Fábio Vilela, o presidente do Conselho da Execução Penal de Anápolis, Gilmar Alves dos Santos, o asessor de Segurança da Prefeitura, delegado Glayson Reis, a Superintendente Executiva dos Direitos Humanos do estado, Onaide Santillo e o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/Anápolis, Regis Davidson de Menezes.

Durante a sessão, vereadores fizeram uso da palavra repudiando a medida adotada da transferência dos presos para Anápolis. Um dos mais exaltados foi o vereador Teles Júnior (PMN) que criticou a medida mencionando os índices de criminalidade de Anápolis. “A política de segurança pública do governador é “nota zero”, disse Teles.

Após a fala dos vereadores, o superintendente iniciou as justificativas da transferência realizada fazendo, a seu critério, um histórico da dinâmica que ocorreu naquele dia 23 de fevereiro. Ele reafirmou que a medida foi a única solução para garantir que não houvesse um dano maior na Penitenciária Odenir Guimarães. Diante essa fala, os vereadores Jakson Charles (PSB) e Mauro Severiano (PSDB) se retiraram do plenário repudiando as explicações do superintendente. “Isso é um palhaçada”, gritou Mauro.

Após a confusão, Dragalzew explicou que o prazo de 60 dias é necessário para que se faça uma completa reforma da POG que vão além de simples reparos. Segundo ele, a reforma inclui  a parte elétrica, hidráulica e outras adequações estruturais. “Todas são necessárias para que possa ser dada a segurança efetiva daquela penitenciária”, ressaltou, considerando o prazo de 15 dias estipulados pela Justiça. “É inviável”, declarou.

Por último, o vereador Antônio Gomide, líder do PT na Câmara, considerando a situação, solicitou que uma liderança de Anápolis seja constituída para acompanhar de perto as providências que serão realizadas para garantir o retorno dos presos. “Anápolis não pode viver de recado. É necessário que a cidade seja representada nessa comissão de crise”, sugeriu. A ideia foi bem aceita pelo superintendente.

Vale lembrar que o prazo estipulado pela Justiça encerra-se no próximo dia 18 de março e que qualquer dilação  deve ser direcionada à Vara da Execução Penal de Anápolis, na pessoa da juíza Lara Gonzaga de Siqueira que é quem vai decidir se mantém ou se prorroga o cumprimento de sua sentença.

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