“Quem quer fazer Saúde Pública não pode fechar unidades de atendimento como o CAIS Mulher”, afirma Antônio Gomide

O fechamento da unidade do CAIS Mulher no Bairro Maracanã foi tema de debates na Câmara Municipal de Anápolis. O vereador Antônio Gomide destacou na sessão plenária desta quarta-feira (07) os 30 anos do Sistema Único de Saúde como uma das ações que permitiram o salvamento de milhões de vidas no Brasil. “A Saúde Pública tem muitos defeitos e precisa ser melhorado, mas é preciso reconhecer os avanços conquistados”, avaliou.

“Quero também manifestar contra o fechamento do CAIS Mulher, que funciona desde o dia 4 de julho de 2012, e que atendia os programas da Saúde da Mulher. Hoje, esta unidade está fechada por um capricho da administração atual que simplesmente quer mudar de endereço para dar lugar a uma unidade pediátrica, aproveitando o espaço físico”, contestou.

Gomide demonstrou preocupação pela interrupção do tratamento e atendimento das mulheres naquela unidade. Por mês, o CAIS Mulher atendia 3 mil mulheres.

“Elas recebiam atendimento exclusivo, e agora não estão tendo a mesma atenção e nem os mesmos serviços que aconteciam na unidade que foi fechada. As cirurgias foram fechadas, diversos exames foram cancelados. A mamografia que ocorria no CAIS Mulher, hoje vemos a prefeitura sem comprar materiais para o exame, impedindo que o programa da Saúde da Mulher seja executado e atenda quem precisa”, acrescentou.

Retrocesso

Para Gomide, a atitude de fechar a unidade de dedicação exclusiva à mulher para em seu lugar colocar uma unidade de atendimento pediátrico não se traduz em avanço, mas um retrocesso. “O CAIS Mulher tem mil metros quadrados de estrutura que foi erguida para esta finalidade. Ao lado deste prédio, o prefeito está fazendo um puxadinho de 300 metros e irá anexar os dois imóveis para dizer que criou um Centro Pediátrico. Pra que interromper um serviço que funciona há mais de cinco anos e colocar outro no lugar”?, argumenta.

“Todos nós queremos a unidade pediátrica, mas não às custas do encerramento de uma unidade que já funciona e atende milhares de mulheres por mês”, destaca o parlamentar que ainda avalia: “Se quer melhorar a Saúde, não se podem fechar as portas de unidades de atendimento. É preciso abrir as portas do SUS”, finalizou.

Notícias Relacionadas