Saúde coloca Estado de Goiás em alerta para sarampo e poliomielite

A Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) da Secretaria de Saúde em Goiás colocou em alerta os municípios e as unidades de saúde para a intensificação do monitoramento dos casos suspeitos de sarampo e Paralisia Flácida Aguda (PFA – Poliomielite).

A medida é por causa da ocorrência de surto de sarampo em Roraima e Amazonas e o isolamento de vírus pólio (derivado vacinal tipo 3), conforme informe técnico emitido pela Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) disponível no link https://www.paho.org/hq/index.php?option=com_topics&view=article&id=257&Itemid=40900&lang=es.

O continente americano foi considerado livre do sarampo em 27 de setembro de 2016. As outras cinco regiões do mundo têm como meta alcançar a eliminação da doença até 2020.

No Brasil os últimos casos autóctones de sarampo ocorreram no ano de 2000, todos os casos confirmados no país posteriormente eram importados ou relacionados à importação. Entretanto, no período de janeiro de 2013 a agosto de 2015 no Brasil foram confirmados 1.310 casos de sarampo, sendo que a maior frequência dos casos nos referidos anos ocorreu em Pernambuco e Ceará, 226 e 1.052 casos, respectivamente.

Em Goiás, no período de 2014 a 2018, foram notificados 123 casos suspeitos de sarampo, sendo todos descartados pelo critério laboratorial. O último caso da doença foi confirmado em 1999. O sarampo é altamente transmissível, podendo trazer sérias complicações e evoluir para morte.

A transmissão pode ocorrer por dispersão de gotículas com partículas virais no ar, principalmente em ambientes fechados como creches, escolas, clínicas e meios de transporte, incluindo aviões. O vírus pode ser transmitido 5 dias antes e 5 dias após a erupção cutânea. Os sintomas do sarampo são febre alta, exantema máculo-papular generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas brancas que aparecem na mucosa bucal, antecedendo ao exantema.

Todo caso de Paralisia Flácida Aguda (PFA – Poliomielite), apresente início súbito, em indivíduos menores de 15 anos, independente da hipótese diagnóstica de poliomielite e ou caso de deficiência motora flácida, também de início súbito, em indivíduo de qualquer idade, com história de viagem a países com circulação de poliovírus nos últimos 30 dias que antecedem o início do déficit motor, ou contato no mesmo período com pessoas provenientes de países com circulação de poliovírus selvagem/poliovírus derivado da vacina (PVDV), que apresentarem suspeita diagnóstica de poliomielite ou não.

O diagnostico laboratorial é realizado pelo Laboratório de Referencia Nacional da Fundação Osvaldo Cruz no Rio de Janeiro, por meio do PCR/Isolamento viral, tendo o envio semanal conforme demanda. No mês de agosto, será realizada uma campanha de vacinação contra Poliomielite e Sarampo.

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