“Saúde em Anápolis está o Caos: nunca passou por tanto problema”, afirma representante do Sindicato de Médicos

Presente na manifestação de diversos sindicatos contra a gestão municipal, o representante do Sindicato dos Médicos de Anápolis, Márcio José Paiva, resume o sistema público municipal em uma única e emblemática palavra: Caos. O pediatra, que atende pelo sistema público de Saúde Anapolina há décadas, classifica ainda a situação atual dos médicos como “muito triste”.

Para referendar este “caos”, o médico faz um relato de como anda o cenário na cidade. “Os Cais estão fechados, o do Jardim Progressos está fechado, disseram que era para fazer uma reforma, mas não iniciou reforma nenhuma”, revela.

Márcio Paiva lamenta, inclusive, a desinformação sobre o remanejamento dos médicos para seus novos endereços. Os que tem local para atender, fazem seu trabalho, ainda segundo ele, em condições de indignidade para os pacientes. “Tem ginecologista atendendo em um quartinho ‘dois por dois’ sem biombo e sem banheiro. Imagina uma mulher ser examinada sem banheiro?”, questiona. A situação já havia sido relatada em uma reportagem da Voz de Anápolis.

Além disto, o sindicalista ainda destaca a ausência de insumos básicos para que os postos de Saúde funcionem na cidade. “Fora as condições físicas das unidades. Tem Posto de Saúde que está sem vacina, sem medicamento”, denuncia. 

Mandado de Segurança

Márcio Paiva participou na manhã desta terça-feira (13) de uma manifestação dos servidores públicos municipais que contou com integrantes do SindiSaúde, do Siftran e do Sindicato dos Médicos. O protesto pede a valorização dos servidores, principalmente através da regularização da titulação dos trabalhadores da Prefeitura.

“É uma forma de protesto. Eu defendo entrar com Mandado de Segurança. O pessoal não quer entrar. O Mandado de Segurança iria alavancar a solução dentro da lei. Se tem a lei, se ela foi sancionada e se tem o dinheiro, então cumpra-se”, avalia o médico

Os sindicatos, no entanto, defenderam primeiro fazer a mobilização e usar as redes sociais para mobilizar a população em relação ao que vem ocorrendo com o funcionalismo. “O funcionário é o patrimônio da prefeitura. É quem toca a gestão”, opina o sindicalista.

“Tem muita gente que não é concursada que está enchendo a prefeitura como cabos políticos do prefeito para a reeleição do prefeito daqui alguns anos. Se isto estiver acontecendo, é muito grave”, encerrou o médico.

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