Saúde Municipal: Pai acusa Hospital Municipal de trocar exame e medicação da filha

Uma noite que parecia tranquila na saúde em Anápolis, já que as principais unidades da cidade não estavam cheias, logo se transformou em um cenário de dispensa de vários pacientes que chegavam para ser atendidos no Hospital Municipal e a revelação de falhas no atendimento à população. Pessoas chegavam ao local eram informadas que não poderiam ser atendidas, como no caso de uma criança com a mão machucada que foi sem explicações recusada na unidade.

Conforme A Voz de Anápolis apurou no local, Edson Pinto de Oliveira Júnior já estava desde quinta-feira pela manhã, inicialmente na UPA 24 horas, com sua filha de 5 anos, que sentia fortes dores abdominais, e a esposa buscando uma solução para o problema da criança. A suspeita era de que ela poderia estar com apendicite.

O pai relatou todo o processo que levou a um suposto erro, em que o resultado dos exames de crânio de uma bebê de um ano que tinha caído e batido a cabeça apareceram sem explicação com o nome da sua filha, cuja identidade será preservada. “Ela estava com dores na barriga desde segunda-feira. Ontem ela começou a vomitar, com dores fortes, nós a trouxemos na UPA. Demorou o dia inteiro para ser atendida, fez os exames todos. Pediram a tomografia abdominal, levaram ela no (Hospital) Municipal, fizeram a tomografia abdominal e outra criança que foi conosco (de carona) fez a tomografia craniana”, relata.

“Voltamos para a UPA, mostramos o resultado para a médica, que passou remédio para dor de barriga mesmo. Ela passou a noite inteira gemendo de dor, hoje (sexta-feira) o dia inteiro. Quando eu saí do serviço, resolvi trazer ela de novo na UPA para ver o que estava acontecendo. Quando eu fui pegar os exames dela para dar uma olhada, vi que o exame dela estava “tomografia craniana”, com o nome dela. Só que ela fez lá abdominal”, continua.

Família espera para ser atendida na UPA 24 horas

O pai informa que “o erro foi deles”, referindo-se ao Hospital Municipal. “Enquanto eu não resolver isso, não vão poder tratar ela. E ela está com dor”, disse indignado. A reportagem teve um primeiro contato com o pai nesta sexta-feira, por volta de 21h00, no Hospital Municipal.

Naquele momento, uma funcionária da unidade afirmava a Edson Júnior, pai da menina de 5 anos, que o melhor seria ver a médica na UPA 24 horas novamente, pois até mesmo a equipe da tomografia do Municipal não sabia como resolver o problema e nem sabiam o que tinha acontecido e por qual motivo o nome da filha dele teria aparecido nos exames de outra criança.

Foi aí que o pai voltou inconsolável para a UPA 24 horas com o objetivo de aguardar atendimento. Neste momento, a direção desta unidade hospitalar foi procurada para dar explicações, mas a resposta de funcionários é que só seriam encontrados em “horário comercial” e a enfermeira plantonista não poderia falar com a imprensa.

Assim que a reportagem terminou de falar com os funcionários, o pai foi chamado a voltar para o Hospital Municipal, informado de que haviam “encontrado” o exame correto da filha. No Municipal, o pai pegou o exame da tomografia do abdômen – que seria o correto – mas, por causa da troca que havia ocorrido, ele preferiu que a filha fosse consultada novamente. Ninguém foi encontrado no municipal da falar sobre o assunto.

Pai volta ao Municipal para pegar os exames corretos

Às 23h03, ele enviou mensagem de Whatsapp informando que a filha estava sendo atendida pelo pediatra da UPA 24 horas. “Está encaminhando para fazer outro exame, porque nem ela (mãe), nem eu confiamos neste que mandaram”, informou. Mas como no Hospital Municipal o exame não poderia ser feito naquele horário, a solução do problema da menina foi jogada para este sábado pela manhã.

Neste sábado, o pai afirmou que já levou a filha para fazer a Tomografia no Hospital Municipal, mas que o resultado ficará pronto somente às 18 horas, aproximadamente 55 horas depois que a filha foi levada à UPA 24 horas com dores abdominais. Edson ainda afirma que a UPA 24 horas, com base nos exames supostamente trocados, teria medicado a criança de um ano com os medicamentos que eram para sua filha – esta informação ainda não foi confirmada.

Pedidos trocados

Pedido era para que criança fizesse tomografia do abdômen, mas resultado foi de uma tomografia no crânio. Segundo o pai, foram trocados os resultados da sua filha, de 5 anos, e o de uma bebê de um ano.

Após a reportagem de A Voz de Anápolis questionar na UPA 24 horas o que teria ocorrido, o pai foi chamado a ir de volta ao Hospital Municipal pegar o exame correto, uma tomografia no abdômen

Por causa da suposta troca de exames, o pai alegou que não “confia” nos originais e preferiu levar a filha ao médico novamente, que pediu uma nova tomografia do Abdômen

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