Sem funcionar, câmeras de videomonitoramento podem estar inativas há mais de um ano

Todas as câmeras de videomonitoramento do município sob responsabilidade do Gabinete de Gestão Integrada Municipal – GGIM estão sem funcionar. A informação foi confirmada por uma fonte da Prefeitura que não quis ser identificada.

Para confirmar a informação repassada pela fonte, A Voz de Anápolis entrou em contato com o setor de videomonitoramento para questionar se poderia ver imagens de um furto ocorrido em Anápolis. Este é um procedimento padrão de pessoas vítimas deste tipo de crime para tentar reaver o produto roubado ou furtado.

“O sistema nosso está inoperante, irmão. O pessoal está mexendo aí nos trem. Tem uma semana que está sem funcionar desse lado aí (SIC)”, informou um funcionário do GGIM. Ele acrescentou que estariam sendo feitas intervenções em um “link” do sistema e pontuou que o GGIM “não tem imagem, não filmou na verdade. Não está gravando”.

O atendente orientou que, para obter os vídeos, seria necessário falar com comerciantes que possuem câmeras de vigilância. Apesar da alegação de que faz apenas uma semana desde que as câmeras ficaram inoperantes, vítimas de furtos e roubos já não conseguem imagens há um bom tempo junto ao GGIM.

Sandra Gomes tem uma mercearia no centro de Anápolis. Ela já foi furtada uma vez e roubada duas vezes desde o ano passado. Em uma das vezes, os assaltantes levaram em torno de R$ 300 e alguns produtos. Ela, o filho e uma cliente foram rendidos.

Em uma das vezes, foi ao GGIM buscar as imagens das câmeras de segurança da região: “Não tinha como eles puxarem, porque eles não tinham lá (as imagens)”. “Na hora em que isso (furtos e roubos) ocorreu, a primeira coisa que veio à minha cabeça era ir lá, porque eles que mexem com esse tipo de serviço. E eles não tinham esse serviço para oferecer pra gente”, reclamou.

O vendedor Seide Mendes Bastos teme pela sua segurança sem as câmeras de videomonitoramento: “é um mecanismo que a gente tem hoje, não de defesa, não nos defende diretamente, mas é um mecanismo que inibe a ação dos ladrões, que inibe a prática de crime”. Para ele, o fato de estarem inoperantes deixa a população “sem vigilância nenhuma”.

O vendedor Seide Mendes teme pela
Insegurança sem as câmeras de vigilância

Quando a reportagem questionou, Seide afirmou que não sabia que as câmeras estão inoperantes. Para ele, este fato interfere na sensação de insegurança da população. “Você imagina que você tem esse mecanismo de segurança hoje para proteger o cidadão, o monitoramento, e você saber que ali você está totalmente descoberto, sem nenhuma vigilância, nem presencial e nem eletrônica”, afirmou.

Ele diz que até procuraria o GGIM para requerer imagens de segurança, caso tivesse um objeto seu furtado, mas ele entende que “não teria nenhum respaldo”.

A Voz de Anápolis entrou em contato diversas vezes com o assessor especial de Segurança Pública da Prefeitura de Anápolis, Glayson Reis, para que fossem dadas explicações sobre o desligamento das câmeras de vigilância, mas não houve retorno das ligações.

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