Servidores da educação manifestam sobre corte da regência e secretário de Educação sugere criação de comissão para tratar do assunto direto com o prefeito

Servidores da educação que foram surpreendidos na última quarta-feira, 6, véspera de feriado, de que teriam uma vantagem remunerada retirada dos seus proventos a partir de então estão revoltados. No fim da tarde desta segunda-feira, 11, um grupo de mais de 100 professores que ocupam função de coordenadores nas instituições de ensino protestaram diretamente na sede da Secretaria Municipal de Educação.

Manifestação foi motivada pelo anúncio do corte da regência

Acompanhados pela direção do Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Ensino – Sinpma – o grupo foi recebido pelo secretário municipal de Educação, Alex Martins. A presidente do sindicato, Márcia Abdala, critica o que ela classifica como mais episódio de falta de diálogo entre a Administração e o Sindicato.  “Todos foram surpreendidos com a notícia que estava sendo articulada na Procuradoria faz algum tempo”, citou ela.

Tal remuneração se trata da chamada regência, que é aplicada àqueles servidores que ocupam funções técnicas na gestão das escolas. Alex Martins, que teve que relocar o grupo de seu gabinete pessoal para o auditório do prédio, sugeriu que a medida citada pelo parecer da Procuradoria é legal, mas firmou como alternativa a criação de uma comissão para tratar de outra forma que compensasse essa perda direto com o prefeito. Questionado pelos presentes sobre a eficácia dessa intenção e a possível garantia da remuneração, o secretário se isentou. “Seria irresponsável da minha parte dizer que sim ou que não”, comentou.

Servidores foram transferidos do gabinete para o auditório do prédio

Maria Aparecida Rodrigues, que coordena pedagogicamente a Escola Municipal Ayrton Sena da Silva, disse que saiu da reunião mais preocupada. “Saio daqui com uma sensação de desrespeito e de desvalorização”, lamentou. Ela vai integrar tal comissão criada e espera que a partir de então os servidores possam ser ouvidos. “Sou ciente do momento financeiro das prefeituras, mas não é com cortes na educação que vai se resolver essa problemática”, ressaltou.

Formação da comissão sugerida pelo secretário

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